A peça que faltava no meu quebra- cabeça.

Depois da verdade Capítulo 61

Patricia

Eu saí da empresa e voltei para o apartamento.
Meu peito ainda doía.
Eu andei pelo apartamento pensando nos poucos momentos que passamos juntos aqui.
Como se eu estivesse tentando achar respostas. Porque era justamente isso que eu estava fazendo.
Eu estava buscando respostas.

Isso tudo oque vivemos foi real? Foi mentira? Seus carinhos, beijos, palavras, promessas...foi tudo mentira?
Uma grande mentira!

Mas eu ainda não estava confirmada com isso.
Eu precisava ouvir da sua boca, olhar para os fundos dos seus olhos e descobrir.

E então quando fiz isso.
Me senti a maior idiota por ter acreditado nele, por ter confiado.
Acertei o tapa no rosto dele desejando não ouvir nenhuma só palavra que ousasse sair de sua boca.

Eu saí de seu apê desejando nunca mais ter que olha - ló novamente. Mesmo sabendo que isso será impossível, já que trabalhamos na mesma empresa.

Abro a porta de casa desejando que todos já estejam dormindo.
Mas quando já estou subindo o degrau da escada ouço minha mãe me chamar.

- Querida! Onde pensa que vai sem falar comigo?

Me viro para encarar seus olhos, mas me arrependo assim que faço.

- Oque houve? - ela pergunta.

Eu tentei, eu juro que tentei não desabar na frente dela.
Mas quando ela me perguntou isso foi o fim da linha. A dor em meu peito se apertou o nó em minha garganta se enrolou e às lágrimas em meus olhos que eu estava tentando segura - las. Desceram sem parar.

Minha mãe subiu os degraus rapidamente até parar em minha frente.
Mas dessa vez ela não perguntou nada ela só me olhou e me abraçou.
E eu agradeci mentalmente por isso.

...........

- Deixe às lágrimas irem querida. - Ela me aconselha.

Eu estava em meu quarto com minha cabeça em seu colo e eu não consiguia parar de chorar.
Ao perceber isso viemos para cá.

- Acho...acho melhor eu ficar sozinha agora. - falo.

- Tem certeza?

- Eu preciso liberar a minha dor sozinha.

- Ok, se precisar, me chame.

- Ok...mãe?

Ela se vira ao chegar na porta e me encara.

- Não vai me perguntar porque estou chorando?

- Eu já sei a resposta dessa pergunta. - diz - Minha menina está sofrendo por amor. E eu achei isso iria acontecer na adolescência. - sorrir. - Mas vejo que no seu caso demorou. Mas vai passar. Não sei oque houve e nem quem é o indivíduo. Mas talvez vocês se resolvam. - sorri de lado.

- Ele não me ama. - falo e volto a chorar minha mãe volta até mim e me abraça novamente.

E ficamos assim até eu cair no sono.

.........

Término de passar o corretivo em baixo dos olhos o pó e finalizo com um batom vermelho.

Meus olhos terão que encarar os dele e quando ele se atrever a me olhar não quero que veja que eu chorei horrores por causa dele.

Quando acordei minha mãe já não estava no quarto.
Me senti acolhida ontem. Não esperava pela reação da minha mãe, havia me esquecido que ela sempre desda da adolescência sempre esteve ao meu lado.
Sempre foi minha amiga, minha melhora amiga!
Porém depois de passar um tempo sozinha em Londres eu me distanciei.
Até porque ela havia se tornado um pouco exagerada.
Mas enfim, foi bom tê-la ao meu lado.