"Esses pensamentos"capítulo 56

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Felipe

Quando Patrícia entrou na sala e disse que iria me matar, achei que ela havia descobrido sobre a aposta.
Senti meu coração parar por alguns segundos.

Mas depois de ouvir que os pais dela quase ouviu a nossa foda.
Me tranquilizei, não que eu ficaria tranquilo caso eles tivessem ouvido. Por Deus! Eu sou idiota não burro!
Isso seria uma grande mancha no meu currículo.
Até porque eles ainda vê ela como uma menina inocente. Pura.
Oque soa engraçado, mas também compreensível.
Nenhum pai ou mãe quer falar pra si mesmo que a sua "menina" deixou de ser uma "menina" que ela virou uma mulher.
Uma mulher com desejos e necessidades.
Acho que isso é comum, quando fiquei sabendo que Manu não era mais virgem, quase infartei.
Tá certo, ela é a minha irmã mais velha, mas a diferença é de 3 anos.
Fiquei uma semana sem falar com ela, ela estava prestes há se casar e no dia do casamento eu havia voltado a conversar com ela.
Ok, eu chorei, chorei porque percebi que eu sempre agi como se eu fosse o mais velho.
Mas não era, não demorou muito e logo ficamos sabendo da chegada de Sofia.
Mas infelizmente seu pai faleceu em um acidente de carro.


— Vamos abre. — Ela diz assim que nos aproximamos da porta.

— Você está mais ansiosa do que eu, estressadinha.

Pego a chave e coloco na fechadura, a grande porta se abre e nos entre Olhamos.

— Não vai entrar?

— Eu quero fazer uma coisa.

— Oque? — seu rosto mostra uma nuvem de confusão.

E então jogo meus braços atrás de seus joelhos pegando ela em meu colo.

— Oque acha que está fazendo?

— Sabe oque é, estressadinha? Eu tenho certeza que eu vou querer ficar.

— Mas você nem viu o apê

Entro no apartamento e fecho a porta. Logo já avisto um corredor.

— Intuição, amor.

— Hum...tá agora me coloque no chão, por favor.

— Ainda não terminei. — falo andando. — Quero que saiba de uma coisa.

— Oque? — virou seu rosto para encarar os meus olhos com os seus lindos olhos azuis.

— A próxima vez que eu te pegar no colo antes de entrar em uma casa, você não irá estar entrando nela como Patrícia Mendonça e sim como Patrícia Fernandes. 

Continuo seguindo o meu caminho vendo ela ficar em silêncio o tempo todo.

Quando finalmente chegou ao fim do corredor, vejo a grande sala de estar.

— Laura me mandou mensagem durante o caminho pra cá. Ela disse que pode usar os imóveis. E até mesmo pegar para você.  Ela disse que eles podem acabar estragando se ficarem por aí.

— Agradeça a ela. — falo colocando seus pés no chão.

Ela ajeita sua postura e volta a me olhar.

— Por que ficou em silêncio?

— Estou apenas olhando a casa.

— Você já veio aqui?

— Não, mas tem uma ótima estrutura.

— Realmente, o arquiteto é muito bom.

Ela sorri e diz por fim: — Não melhor do que você.

— Você nunca viu um desenho meu, estressadinha. — a lembro enquanto envolvo meu braços ao redor do seu corpo.

— Pode até ser, mas você tem mãos habilidosas. — diz me fazendo soltar uma gargalhada.

A peça que faltava  no meu quebra- cabeça.Onde histórias criam vida. Descubra agora