A peça que faltava no meu quebra- cabeça.

capitulo 79

Felipe

Já faz alguns minutos que acordei e fiquei a encarando dormir.

Ontem percebi que por trás da mulher forte e determinada que eu me apaixonei existe uma menina frágil e insegura.

Mas eu estou disposto a tirar todas essas inseguranças dela.

Ontem ficamos abraçados até ela cair no sono.

— Bom dia. — falo quando ela abre os olhos.

— Bom dia.

— Então não tem nada pro café da manhã, pensei em irmos tomarmos o café da manhã na padaria.

— Tenho que passar em casa pra trocar de roupa.

— Por mim tudo bem.

Após tomarmos nosso café da manhã, Patrícia me deixou na obra do Studio já que estou sem carro.
Havíamos combinado de nos encontrarmos no apartamento a noite.

Ainda não iríamos noticiar aos nossos familiares e amigos sobre a nossa reconciliação.

Mas sem pressa, entendi que tenho que deixar às coisas mais leves possível para que Patrícia não se sinta mal.

Meu olho estava roxo e por onde passei todos me encaravam.

No almoço resolvi encontrar com meu pai que assim que me viu ficou sem entender.

— Meu Deus, Felipe! O que foi isso?

— Longa história.

— Não vai me contar?

— Quem sabe outro dia.

— Sobre o que queria conversar comigo, então?

— Será que não tem nenhum jeito de fazermos o teste de DNA antes do nascimento do bebê?

— Posso ver com alguns médicos. Mas por que tanta pressa agora?

— Por nada. Aliás é uma menina.

— Amanda nos disse. Sua mãe começou a pesquisar coisas para o quarto do bebê junto com Amanda. Acho que seria importante você participar desses momentos.

— É tem razão.

Nas próximas horas falamos apenas de negócios e nada mais.

Até agradeço meu pai por isso. Acho que se fosse antes às coisas iriam ser diferente.

Já era quase oito e meia quando recebi uma mensagem de Patrícia.

Já cheguei.

Cadê você?

Sorri.

Comecei a digitar. Como é bom saber que tem alguém lhe esperando em casa, não é mesmo?  Nunca tinha parado pra pensar nisso.

Estou à caminho, estressadinha.

Quer algo do mercado?

Você já é o suficiente.

Guardo o celular no bolso e ligo o carro.

Abro a porta e um cheiro de comida invade minhas narinas.

Franzo às sobrancelhas.

— Patrícia? — a chamo.

— Aqui na cozinha.

Caminho até lá tirando minha gravata e a jogo no sofá ao passar pela sala.