A Perdição - Série Família Bellini I

Capítulo 5

Lorenzo Bellini

Vê-la daquele jeito só fez crescer ainda mais em mim o desejo de tê-la, ela estava simplesmente perfeita, confesso que tentei não desferir tantos elogios a mesma... Mas, como não fazer? Nunca tinha a visto fora do trabalho, e ela estava tão deslumbrante.

— Você está realmente muito bonita, Scarlett. -Digo em seu ouvido, roçando minh barba em seu rosto. — A mulher mais bonita dessa noite. -Digo e beijo de leve seu pescoço. Eu realmente não estou mentindo. Olho em seu rosto e vejo que a mesma também está me encarando.

— Que cena tão linda, ein? -Diz uma voz que conheço bem. — Desculpe incomodar, irmão. Mas gostaria também de dançar com essa mulher que está maravilhosa. -Diz o Andrei chegando ao nosso lado. Reviro os olhos. — Me concede está dança, Scarlett? -Diz ele estendendo a mão para ela. Ela olha para mim, e depois pega em sua mão e me afasto. O Andrei é realmente um paspalho.

Fico de longe olhando os olhando e vejo os dois rindo bastante, minha vontade é socar a cara do meu irmão.

— Que merda, irmão? — Diz Henri chegando ao meu lado. Levo a taça a boca. — Perdeu a mulher para o Andrei? -Diz divertido.

— Ele é um paspalho, vontade de socar a cara desse idiota. -Falo fechando o punho quando vejo Andrei falar no ouvido da Scarlett.

— Calma, Lorenzo. Tem tantas mulheres aqui está noite...

— Não reparei, nenhuma é ela. -Digo. Que merda!

— Então realmente está bem interessado nela, isso é perigoso. -Diz arqueando a sobrancelha enquanto me olha.

— Não, apenas... -Nem eu sei definir o que é isso. — Não é nada demais, esqueça isso. -Saio de junto dele e me coloco em direção aos dois quando percebo que a música parou, logo chego junto aos dois, posicionando uma de minhas mãos na cintura dela.

— Hora de ir, Andrei. -Digo, fazendo o mesmo rir.

— Claro, mano... Essa sua nova fase está sendo bem divertida. -Diz me olhando. -E você, Scarlett, obrigada por essa dança. Sinto por não conseguirmos continuar, quem sabe outro dia, ein? -Nunca!

— Quem sabe... -Diz ela sorrindo. Me coloco a andar a guiando pelo salão, a levo para um lugar um pouco mais afastado daquela agitação.

— Me desculpe pelo meu irmão, as vezes ele é um pouco...

— Intrometido? -Questiona ela rindo e eu concordo. — Percebi, mas está tudo bem, ele é bem agradável.

— Como ele diz, o mais animado de nós. -Digo e a guio para um pequeno sofá ali que tinha na varanda.

— Você tem mais irmãos? -Questiona me olhando.

— Sim, ao todo somos em cinco. Eu, que vivo aqui. O Henri que mora na Inglaterra, o Andrei e a Isabella que vivem nos Estados Unidos e o Nikolai que mora no Brasil.

— Caramba, deve ter uma família bem grande.

— Não, somos só nós cinco. Nenhum de nós é casado, tem filhos ou algo do tipo. Então... -Digo e retiro do meu blazer um charuto. — Se importa com a fumaça? -Pergunto a ela. As mulheres não costumam gostar do cheiro.

— Claro que não. -Fala sorrindo. — Ainda mais sendo o montecristo n2. -Diz me deixando perplexo.

— Você fuma? Nunca conheci nenhuma mulher que gostasse de charutos. -Ela sorri e pega da minha mão o charuto junto ao cortador, o qual com toda a delicadeza faz um corte preciso na ponta do charuto. Depois pega o pequeno maçarico que sempre me acompanha e começa a acender o mesmo. Depois que prepara ele, leva a boca e depois solta devagar a fumaça.