Capítulo 18.

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Scarlett Beaumont

Localização desconhecida. 24 de Julho de 2019. -3 anos atrás.

Dor. A primeira coisa que sinto ao abrir os olhos, minha visão custa a se acostumar. Tento me lembrar do que aconteceu, a última visão que tenho é de três homens na minha sala e meu Deus... A Alisha com a agulha em meu pescoço.

  Olho ao redor e vejo que estou em um quarto, mas não em qualquer quarto, um muito elegante, super espaçoso e bonito. Onde eu estou?

  Já sinto medo por pensar no que isso pode ser, não acredito que minha melhor amiga seria capaz de estar envolvida em algo assim. Não acredito que ela possa estar junto ao Estevan para me fazer sofrer.

  Escuto barulho na porta e arregalo os olhos, tenho medo do que vai vir a acontecer. Vejo uma mulher entrar.

—  Quem é você? -Questiono a ela.

—  Boa tarde, senhorita. Vejo que acordou. -Ela me olha séria. — Irei ajudá-la a se preparar.

— Me preparar para o quê? -Ela segue andando até uma porta, vejo que existe um closet ali. Separa um vestido, roupas intimas e um sapato alto. — Me preparar para o quê? -Digo indo até ela nervosa. Poderia voar em seu pescoço.

— Acho melhor se acalmar, senhorita. Todo o quarto tem câmera, ele está nos observando agora mesmo. -Começo a olhar alguns pontos do quarto. —Vou preparar seu banho.

— Ele quem? -Ela não me diz.  — Eu não vou tomar banho.

— Acho melhor começar a se arrumar, senhorita. Você não iria gostar das consequências que sua demora causaria. -Estremeço. Que sensação ruim. Ela me puxa para a banheira, e me forço a entrar nela. Minutos depois ela me ajuda a me vestir um vestido longo vermelho, com as costas nuas, faz uma maquiagem e ajeita meu cabelo.

— Hora de ir. -Ela segue até a porta e sigo ela. Olho tudo atentamente, estamos em um corredor e tem alguns homens de terno ali, eles começam a nos seguir assim que andamos. Logo chegamos a uma imensa porta, ela para. — Entre, ele te espera.

  Engulo seco, minhas mãos estão trêmulas. Meu corpo todo está assustado. Pego na maçaneta.

  Abro a porta e vejo que é um ambiente enorme, existem praticamente três cômodos dentro dele, uma grande mesa de escritório ao centro, com estantes de livros ao redor, atrás da mesa existem cortinas enormes, mais a minha frente de um lado tem um imenso sofá, televisão, e no outro uma grande mesa de jantar, que está totalmente arrumada.

— Entre e feche a porta. -Escuto uma voz rouca mas não vejo ninguém. A cadeira está virada. Faço o que ele manda. O ambiente tem uma iluminação escura, com poucos pontos de luz. — Você não imagina o quanto esperei por esse momento. -Ele diz e se levanta ainda de costas para mim. Vejo que é um homem alto, está vestindo um terno. Ele se vira. É jovem, deve ter no máximo 35 anos. Me surpreendo.

  Começa a andar em minha direção de maneira lenta, sinto minhas pernas quererem fraquejar.

— Você está deslumbrante, anjo.

— Quem é você? -Minha voz quase não sai.

—  Eu sou Leon Mikaelson. -Sua voz sai rouca, seu rosto tem mandíbulas marcadas, loiro e de olhos verdes.



Namur, Valônia, Bélgica. 11 de Maio de 2022. -Hoje.

Não entendo quem me mandaria um buquê, ainda mais em meu trabalho. Pego o cartão na esperança de saber quem mandou.

A Perdição - Série Família Bellini IOnde histórias criam vida. Descubra agora