A Perdição - Série Família Bellini I

Capítulo 8

Lorenzo Bellini

Mil vezes maldito, quem ele acha que é para entrar em meu território? Entro na academia e encaro alguns homens enquanto sigo para minha sala.

— O que você pretende fazer? -Pergunta Jacob ao entrar em minha sala.

— Primeiro preciso saber o que ele está armando, sei que ele não seria tolo de vir aqui em vão.

— Já mandei alguns homens checarem isso.

— O que aquele desgraçado quer aqui? -Diz Nikolai ao entrar na sala.

— Ainda não sabemos, mas seja o que for, ele não terá o que quer. -Digo vendo Niko seguir ao estande de armas.

— Vou matá-lo. -Afirmo com a cabeça.

— Quando pegarmos ele, será todo seu.

— Sabe quanto tempo espero para por as mãos nele? Sonho com esse momento. -Vejo toda a raiva em seus olhos. O entendo. — Vou acabar com ele e com tudo dele.

— Faça isso, ele merece. Agora só temos que esperar a sua localização para irmos atrás dele. -Digo. — O que não entendo é porque ele arriscaria a sua vida para vir aqui, sabe que o encontraremos. -Acendo um charuto.

— O Lorenzo tem razão, não da para entender isso. O Petrov não seria tão burro assim. Precisamos estar atentos ao que ele está planejando. -Diz Jacob.

— Talvez ele esteja cansado de fugir e decidiu se entregar. -Diz Nikolai.

— Não. Ele não faria isso, existe outra razão e precisamos descobrir qual é. Seja o que for, na hora certa vamos ter ele em nossas mãos.

Passamos a madrugada colocando alguns planos em ação, mandando equipes atrás do Petrov, e de olho em todos os passos que ele já deu ao chegar aqui. Amanhece e com isso preciso ir a empresa, troco de roupa ali mesmo e sigo para ela, chego lá e para minha surpresa não encontro Scarlett. Isso nunca aconteceu.

{...}

Scarlett Beaumont

— Scarlett? -Levanto a cabeça e olho para um Senhor em minha frente.

— Sim? Desculpe, eu te conheço? -Pergunto, nunca o vi na vida e ele sabe meu nome.

— Não, não me conhece. Mas eu te conheço. -Ele diz e puxa a cadeira da cafeteria para sentar.

— De onde? -Arqueio a sobrancelha e começo a achar aquilo estranho.

— Sou um velho conhecido de sua mãe, inclusive como ela está? Faz tempo que não a vejo.

— Ahh, entendo. Infelizmente mamãe morreu há um ano e meio.

— Sinto muito. -Diz e vejo sua feição entristecer. — Sua mãe era uma mulher incrível, então depois de sua morte decidiu vir para a Bélgica?

— Era sim, vim para cá mais ou menos há uns 7 meses.

— Entendo, e pretende voltar? Não acho que Namur combine com uma moça da cidade grande. -Diz rindo, sorri de volta.

— Eu ainda não sei, pretendo passar mais um tempo por aqui, e está enganado, gosto bastante daqui, a cidade é bem calma.

— Que surpresa, mas realmente é bem diferente da Inglaterra. Acho que Angelina iria gostar daqui também.

— Iria, tenho certeza. Mas me diga, qual o seu nome?

— Ah, mas que indelicadeza minha, me chamo Petrov Ivanov. -Diz estendendo a mão que aperto.