Capítulo 22.

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Scarlett Beaumont

Acordo e vejo que tenho os braços dele ao redor do meu corpo, que dorme tão serenamente, tento sair dali e ele apenas aperta mais.

— Já quer fugir de mim, lyobov? -Questiona com aquela voz rouca que me faz estremecer.

— Preciso ir para casa. -Digo a ele que agora me vira para ele.

— Não sem antes tomar café da manhã. -Diz com um sorriso malicioso e olho para o meio de suas pernas. Ele já está excitado. Retribuo o sorriso e desço minha cabeça para seu membro.

{...}

Agora que toda a noite passou, lembro de tudo que o Petrov me disse, e consigo sentir a mesma sensação que senti ao saber, a sensação da sua vida ter sido uma certa mentira, de não saber o que fazer com isso agora.

E, meu Deus! Ele tem uma rivalidade com o Lorenzo, acho que ambos querem se matar, e eu estou simplesmente no meio disso tudo.

  Eu o veria novamente? Ele disse que vai voltar, mas quando? Por que os dois têm tanta rivalidade?

  Estou terminando de colocar minha roupa quando escuto uma notificação no meu celular.

Mensagem On

  "O Lorenzo não é o homem que você pensa que é, ele fez coisas realmente horríveis. Se afaste dele."

——-

De um número desconhecido e só posso deduzir que seja do Petrov.  Ele é um mafioso, claro que faz coisas horríveis, mas o Petrov também é um, e não deve ser flor que se cheire.

  A noite foi mais que incrível, ele me fez esquecer de tudo ao meu redor... Me fez sentir prazer, gemer, gritar, e gozar várias vezes. Não sei muito o que pensar, mas sinto uma vontade de estar constantemente em seus braços, mesmo sabendo que não posso fazer isso.

Agora estou aqui terminando de me organizar enquanto os seus olhos não saem do meu corpo.

— Deveria ficar mais um pouco. -Ele diz. Meu corpo estava exausto.

— Não posso, irei me encontrar com sua irmã.

— Para quê? -Ele franze o cenho.

— Reunião e sessão de fotos. -Digo e ele revira os olhos.

— Gostaria de ir com você, mas infelizmente não posso. -Mas quem foi que chamou ele?

— Não tem problema, é meu trabalho, afinal. -Ele também termina de se vestir. — Estou indo.

—Vou levar você, e não aceito um não como resposta. -Ele diz e segue para fora do quarto, apenas o acompanho.

  Passamos pela cozinha no caminho e percebo que não comi nada desde a hora do jantar.

— Está com fome? -Ele questiona. Logo confirmo. — Então vamos comer.

  Vejo que tem três funcionários, no qual duas são bem amigáveis e a outra, a mais nova, está com uma cara um tanto feia para mim. Azar dela.

  Sentamos na mesa e elas começam a colocar algumas coisas ali, e logo vamos nos servindo.

— Quer mais café, senhor Bellini? -A moça mais nova questiona e agora começo a encarar direito, loira, magra, nem tão alta nem tão baixa, usa uma roupa extremamente justa, uma blusa que é sua farda que é uns dois números menores o que faz com que tenha um decote em seu busto, a sua voz carregada de malícia. Entendi tudo.

  Não sei se o Lorenzo não percebe o que ela faz, ou prefere não fazer nada.

— Quero. -Ele estende a xícara que ela logo enche, mas com os olhos em direção ao seu celular, olho tudo aquilo atentamente. Uma certa raiva passa por mim ao ver que ela tem os olhos cheios de desejos nele. Ela para de o servir e ia se afastando.

— Querida? -A chamo. Ela se vira. — Gostaria de um pouco mais de café também, é que a noite foi tão cansativa que mal conseguimos dormir direito não é, querido? -Questiono com um sorriso cínico no rosto. Ele me olha surpreso mas logo sorri, parece se divertir com aquilo.

— Você sabe, lyobov, com você em meus braços é difícil querer dormir. -Ele pisca o olho.

— A-ah, claro. -Ela se embola e começa a me servir com o braço trêmulo.

   Continuamos a comer e ele me olha risonho, mas não diz nada. Olho para a moça e ela parece ter um certa raiva em seus olhos. Incrivelmente as outras duas mulheres saem da cozinha deixando só nós três.

  Termino de mastigar e vejo que ele está bebendo o café enquanto olha para o celular, me levanto e vou até bem próximo dele puxando seus lábios para os meus, começando a beijar intensamente.  Ele coloca a xícara e o celular na mesa apenas para tomar mais os meus lábios, logo me afasto de sua boca e ele puxa meu pescoço para ele, o beijando ali, olho por cima e vejo que ela nos olha com pura raiva, logo ele afasta um pouco a cadeira e me sento em seu colo enquanto meu quadril já começa a se mexer, ele geme e dou um sorriso, a filha da puta nos olha até que eu tome novamente os lábios dele enquanto olho para ela.

  Ela sai da cozinha no puro ódio. Me afasto de sua boca sorrindo, ele me olha ofegante. Dou apenas mais uma leve mexida no meu quadril sentindo se membro excitado roçar em minha intimidade e me levanto de seu colo.

— Fez tudo isso para provocar a moça? -Ele questiona sorrindo.

— Já teve algo com ela? -Pergunto sem rodeios.

— Nunca, ela é apenas minha funcionária. -Diz.

— Ah, sério? Adivinha quem é também apenas sua funcionária? -Ele sorri ainda mais.

— Está com ciúmes? -Dou de ombros.

— Óbvio que não. -Apenas não gostei do jeito que ela o olhou. Isso não é ciúmes.

— Claro que está... senão, não teria feito aquilo.

— Não estou.

— A ideia de ter outra em cima de mim a desagrada? -Ele me olha atentamente. Me desagrada, e muito.

— Então você quer outra em cima de você? -Começo a me irritar.

— Não foi isso que eu lhe perguntei, mas Scarlett, se desagrada pensar em mim com outra mulher, então tome ele para si. -Diz apontando para o seu membro.

Tomar para mim? Já é meu, querido. Só não vou admitir isso.

— Mas e se fosse ao contrário, Lorenzo? -Questiono serrando os olhos. Eu quero o provocar um pouco.

— Eu mataria qualquer homem que ousasse encostar a mão em você, lyobov. -Ele se levanta e me levanta. — Eu não disse a você, querida, mas agora que seu corpo tem a minha marca, a minha porra, não te deixarei sair mais de minhas mãos.

  Estremeço com isso. Não sei se é bom ou não.

— Vamos embora. -Viro as costas e começo a caminhar para a saída e ele me acompanha, no carro conversamos sobre poucas coisas e logo chego no local que Isabella me passou a localização.

— Obrigada pela carona, Lorenzo. -Digo e ia saindo do carro.

— Obrigada pela carona? -Ele questiona e o olho. Logo puxa meus lábios para os seus me beijando ardentemente, ele parece querer me punir pela simples fala e amassa meus lábios com sua boca, mordendo meu lábio inferior. Quando o ar nos falta nos separamos. — Agora está melhor.

  Saio do carro e sigo para dentro do estúdio, logo encontrando Isabella por ali.


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Oieee, gente! Ótimo domingo a todos!!

G.L

A Perdição - Série Família Bellini IOnde histórias criam vida. Descubra agora