Scarlett BeaumontAlguns dias se passam depois do pequeno embate entre o Lorenzo e o Thomas, e as coisas estão... diferentes.
O Lorenzo não é mais tão arrogante, pelo menos não comigo, tivemos apenas alguns momentos quentes, já que o mesmo andou muito ocupado com as coisas da máfia. Parece até mentira conhecer alguém que é o chefe de uma das maiores organizações criminais e ainda... dormir com ele. Ele até me levou para treinar um pouco de luta.
Também comecei a me dedicar mais nos ensaios de fotos, já fotografei novas peças e já estou novamente em uma reunião com a Isabella.
— As fotos ficaram lindas demais, e tenho uma certa proposta para te fazer.
— Qual seria? -Questiono ansiosa.
— Teremos uma lançamento de uma nova rede de lojas, mas dessa vez em um novo país, gostaria que você fosse até lá para a inauguração, além de fotografar em alguns lugares.
Sair do país?
— Onde seria?
— Brasil. -Ela diz sorrindo.
Lorenzo Bellini
Uma nova remessa de armamentos foram roubadas, e eu só quero matar o desgraçado que está por trás de tudo isso. Com certeza é o Petrov, tem que ser ele.
— Não é o Petrov. -Fala Jacob ao entrar em minha sala.
— Como sabe disso?
— Conseguimos pegar um deles, e ele não é russo.
— E o que é então? - Me levanto
— Ele não disse e se nega a dizer, já está na sala de tortura.
— Ah, ele não quer dizer? -Dou um sorriso amargo. — Vamos ver até quando isso irá durar. -Falo e já sigo saindo do escritório para ir até a sala de tortura que fica no porão daquele prédio. Encaro o desgraçado que está sentado amarrado no meio da sala.
Ao seu lado se encontra das mesas com alguns utensílios muito... necessários.
— Quem está por trás dos furtos? -Questiono ao me aproximar dele. Ele começa a rir.
— Acha mesmo que vou dizer? -Agora quem da um sorriso sou eu.
Começo a levantar as mangas da minha camisa e sigo até uma das mesas, pegando um facão. Pego um pano e começo a limpar em frente a ele, analisando se está do jeito que gosto, refletindo.
— Você pode dizer por boa vontade, ou pode sofrer. -Me aproximo de seu corpo e passo o facão por suas pernas. Ele permanece calado. Tiro uma faca pequena do meu bolso. Me afasto dele para pegar um banco e coloco em sua frente me sentando.
Pego uma de suas mãos e posiciono minha faca em seu polegar.
— Não vai dizer? -Ele permanece calado e começo a cortar. Logo seu dedo cai no chão e o mesmo começa a gritar de dor. Mas ele não diz nada, corto mais um dedo.
E assim vou cortando todos os dedos de sua mão esquerda, formando uma enorme poça de sangue no chão. Ele me olha um pouco assustado.
— Diga quem mandou.
— Nunca irei te dizer, Lorenzo.
— Foi o Petrov? -Pergunto e enfio minha faca em sua coxa esquerda.
— Meu senhor é muito melhor que o Petrov ou qualquer um de vocês. -Ele diz entre gemidos. Pego a faca de sua coxa e finco na outra, mais um grito.
— Diga o nome, seu filho da puta!
— Meu senhor mandou te avisar, Lorenzo, vai se arrepender por pegar o que é dele. Isso tudo é apenas o começo. - Mas que porra é essa?
Canso de brincar com aquilo e me irrito com aquele homem e puxo o facão que peguei em uma das mesas e finco em seu peito. Ele começa a se engasgar e enfio mais fundo. Deixando ele ali, morto.
— Quem será que é? -Jacob me questiona.
— Não sei, mas vamos descobrir. Perdi meu tempo e o desgraçado ainda sujou uma de minhas camisas preferidas. -Reviro os olhos saindo da sala. Jacob gargalha.
— Vamos encontrar quem está por trás disso tudo, Lorenzo. -Confirmo. Retiro minha camisa com gotas de sangue e jogo por ali.
— Eu sei, e ele vai sofrer por tudo que vem fazendo. -Falo pegando um copo e enchendo com whisky.
— Fiquei sabendo que sua irmã tem saído com o James Clarke. -Ele me diz e franzo o cenho.
— O dono das indústrias Clarke? -Ele assente. — E existe algum problema nisso? -Ele engasga com a bebida.
— Estou te falando porque ela é sua irmã, talvez você quisesse saber, dizem que o Clarke não é flor que se cheire.
—É, mas a Isabella sabe se virar, nunca precisei intervir em nenhum de seus encontros. -Digo e ele fica calado. — Está interessado em minha irmã?
— Está maluco? -Arqueio a sobrancelha. — Óbvio que não. -Continuo olhando para ele.
— Existe algo com a minha irmã, Jacob? -Questiono novamente.Ele passa as mãos no cabelo.
— Houve apenas um momento, nada mais. -Fala e leva todo o whisky do copo a boca.
— Espero que saiba o que está fazendo... -Ele suspira. — Não que ela precise de proteção, mas se eu ousar que está dando algo errado. -Aquilo soa como uma ameaça e é para soar mesmo.
{...}
Saio da academia e já está um pouco tarde, sinto saudade da mulher que não sai dos meus pensamentos. Seria muito errado bater em sua porta após meia noite?
Eu acho que é errado, mas como já estou aqui... Bato em sua porta e passa alguns minutos e nada. Bato novamente. Passa alguns segundos e escuto o barulho da fechadura abrindo, e a cena que vejo faz todo meu corpo aquecer.
Scarlett está enrolada em uma toalha, com os cabelos molhados e algumas gotas de água caindo por seu colo. Lambo os lábios.
— Não acha que está um pouco tarde, senhor Bellini?
— Eu vim apenas checar se estava tudo bem por aqui.
— E está? -Questiona. Me aproximo dela.
— Não. -Coloco minha mão na barra da toalha e a puxo para que caia no chão, revelando a perfeição do seu corpo por baixo. — Agora está. -Ela sorri, mas antes que agarre seu corpo ela se vira e começa a andar pela sala. Fecho a porta e vou atrás dela.
— Acho que precisamos conversar.
— Precisamos? -Dou um sorriso landino.
— Estou indo embora da Bélgica. -Ela me diz parada nua no meio da sala, e a olho sem entender.
Como assim?
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Espero que estejam gostando!
G.L
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A Perdição - Série Família Bellini I
Lãng mạnLorenzo Bellini, CEO do império de joias Bellini's, é um homem arrogante e presunçoso, mesmo trabalhando em um país não tão frequentado, ele comanda um dos maiores negócios do mundo - E não apenas do mundo das joias - Vivendo em uma dupla vida, Be...