Capítulo 24.

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Scarlett Beaumont

Alguns dias se passam depois do pequeno embate entre o Lorenzo e o Thomas, e as coisas estão... diferentes.

O Lorenzo não é mais tão arrogante, pelo menos não comigo, tivemos apenas alguns momentos quentes, já que o mesmo andou muito ocupado com as coisas da máfia. Parece até mentira conhecer alguém que é o chefe de uma das maiores organizações criminais e ainda... dormir com ele. Ele até me levou para treinar um pouco de luta.

Também comecei a me dedicar mais nos ensaios de fotos, já fotografei novas peças e já estou novamente em uma reunião com a Isabella.

— As fotos ficaram lindas demais, e tenho uma certa proposta para te fazer.

— Qual seria? -Questiono ansiosa.

— Teremos uma lançamento de uma nova rede de lojas, mas dessa vez em um novo país, gostaria que você fosse até lá para a inauguração, além de fotografar em alguns lugares.

Sair do país?

— Onde seria?

— Brasil. -Ela diz sorrindo.



Lorenzo Bellini

Uma nova remessa de armamentos foram roubadas, e eu só quero matar o desgraçado que está por trás de tudo isso. Com certeza é o Petrov, tem que ser ele.

— Não é o Petrov. -Fala Jacob ao entrar em minha sala.

— Como sabe disso?

— Conseguimos pegar um deles, e ele não é russo.

— E o que é então? - Me levanto

— Ele não disse e se nega a dizer, já está na sala de tortura.

— Ah, ele não quer dizer? -Dou um sorriso amargo. — Vamos ver até quando isso irá durar. -Falo e já sigo saindo do escritório para ir até a sala de tortura que fica no porão daquele prédio. Encaro o desgraçado que está sentado amarrado no meio da sala.

Ao seu lado se encontra das mesas com alguns utensílios muito... necessários.

— Quem está por trás dos furtos? -Questiono ao me aproximar dele. Ele começa a rir.

— Acha mesmo que vou dizer? -Agora quem da um sorriso sou eu.

Começo a levantar as mangas da minha camisa e sigo até uma das mesas, pegando um facão. Pego um pano e começo a limpar em frente a ele, analisando se está do jeito que gosto, refletindo.

— Você pode dizer por boa vontade, ou pode sofrer. -Me aproximo de seu corpo e passo o facão por suas pernas. Ele permanece calado. Tiro uma faca pequena do meu bolso. Me afasto dele para pegar um banco e coloco em sua frente me sentando.

Pego uma de suas mãos e posiciono minha faca em seu polegar.

— Não vai dizer? -Ele permanece calado e começo a cortar. Logo seu dedo cai no chão e o mesmo começa a gritar de dor. Mas ele não diz nada, corto mais um dedo.

E assim vou cortando todos os dedos de sua mão esquerda, formando uma enorme poça de sangue no chão. Ele me olha um pouco assustado.

— Diga quem mandou.

— Nunca irei te dizer, Lorenzo.

— Foi o Petrov? -Pergunto e enfio minha faca em sua coxa esquerda.

— Meu senhor é muito melhor que o Petrov ou qualquer um de vocês. -Ele diz entre gemidos. Pego a faca de sua coxa e finco na outra, mais um grito.

— Diga o nome, seu filho da puta!

— Meu senhor mandou te avisar, Lorenzo, vai se arrepender por pegar o que é dele. Isso tudo é apenas o começo. - Mas que porra é essa?

Canso de brincar com aquilo e me irrito com aquele homem e puxo o facão que peguei em uma das mesas e finco em seu peito. Ele começa a se engasgar e enfio mais fundo. Deixando ele ali, morto.

— Quem será que é? -Jacob me questiona.

— Não sei, mas vamos descobrir. Perdi meu tempo e o desgraçado ainda sujou uma de minhas camisas preferidas. -Reviro os olhos saindo da sala. Jacob gargalha.

— Vamos encontrar quem está por trás disso tudo, Lorenzo. -Confirmo. Retiro minha camisa com gotas de sangue e jogo por ali.

— Eu sei, e ele vai sofrer por tudo que vem fazendo. -Falo pegando um copo e enchendo com whisky.

— Fiquei sabendo que sua irmã tem saído com o James Clarke. -Ele me diz e franzo o cenho.

— O dono das indústrias Clarke? -Ele assente. — E existe algum problema nisso? -Ele engasga com a bebida.

— Estou te falando porque ela é sua irmã, talvez você quisesse saber, dizem que o Clarke não é flor que se cheire.

—É, mas a Isabella sabe se virar, nunca precisei intervir em nenhum de seus encontros. -Digo e ele fica calado. — Está interessado em minha irmã?

— Está maluco? -Arqueio a sobrancelha. — Óbvio que não. -Continuo olhando para ele.

— Existe algo com a minha irmã, Jacob? -Questiono novamente.Ele passa as mãos no cabelo.

— Houve apenas um momento, nada mais. -Fala e leva todo o whisky do copo a boca.

— Espero que saiba o que está fazendo... -Ele suspira. — Não que ela precise de proteção, mas se eu ousar que está dando algo errado. -Aquilo soa como uma ameaça e é para soar mesmo.

{...}

  Saio da academia e já está um pouco tarde, sinto saudade da mulher que não sai dos meus pensamentos. Seria muito errado bater em sua porta após meia noite?

  Eu acho que é errado, mas como já estou aqui... Bato em sua porta e passa alguns minutos e nada. Bato novamente. Passa alguns segundos e escuto o barulho da fechadura abrindo, e a cena que vejo faz todo meu corpo aquecer.

Scarlett está enrolada em uma toalha, com os cabelos molhados e algumas gotas de água caindo por seu colo. Lambo os lábios.

— Não acha que está um pouco tarde, senhor Bellini?

— Eu vim apenas checar se estava tudo bem por aqui.

— E está? -Questiona. Me aproximo dela.

— Não. -Coloco minha mão na barra da toalha e a puxo para que caia no chão, revelando a perfeição do seu corpo por baixo. — Agora está. -Ela sorri, mas antes que agarre seu corpo ela se vira e começa a andar pela sala. Fecho a porta e vou atrás dela.

— Acho que precisamos conversar.

— Precisamos? -Dou um sorriso landino.

— Estou indo embora da Bélgica. -Ela me diz parada nua no meio da sala, e a olho sem entender.

Como assim?

——————

Espero que estejam gostando!

G.L

A Perdição - Série Família Bellini IOnde histórias criam vida. Descubra agora