Você Finge?

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Opa!
Eu ia atualizar The Purge hoje, mas como os capítulos são mais elaborados, preferi dar uma olhada nele antes.

Mas vim aqui atualizar FO hoje porque meus óculos chegaram!
Ainda estou meio enjoado e com um pouco de dor de cabeça porque ainda estou tentando acostumar com as lentes novas, mas está muito melhor, então vim aqui!

Enfim!
Vamos de atualização!

Boa leitura

***

Sana Minatozaki

Era estranho dizer que estava ficando ansiosa para ir ao colégio, já que desde que minha mãe se foi, realmente perdi completamente a motivação que ela me dava para estudar, mas, agora, eu tinha Mina que eu sabia me esperar sempre que não me levava. 

E eu estava certa, assim que Nayeon entrou no estacionamento, Mina estava apoiada na parede com as olheiras maiores que o normal, confesso que me preocupei um pouco. 

- Virou tão cadela de mulher que agora está até pedindo para a gente vir mais cedo. - Momo sussurrou em meu ouvido quando sai do carro, quis a surrar, mas apenas mostrei meu dedo discretamente. - E ainda é grossa, credo. 

- Oi. - Ignorei a imbecil atrás de mim porque Mina já me olhava com aquele sorriso que me deixa meio boba. - Você chegou cedo, aconteceu alguma coisa?  

- Não. Pedi a Nayeon para nos trazer mais cedo, queria ficar um pouquinho com você. - Sorri com um beijo leve em minha testa, Mina, por ser um pouco mais baixa, precisava ficar na ponta dos pés, isso é adorável. - Não dormiu essa noite?

- Dormir, eu dormi. Mas é que uma certa pessoa me fez ficar meio perturbada antes de eu ir para a cama, sabe? Aí ficou meio difícil de eu conseguir pegar no sono. - Mordi o lábio para não mostrar o sorriso que queria sair, era bom saber aquilo. - Você está com aquela cara. 

- Que cara? 

- A mesma que você ficou quando nós estávamos no banheiro do shopping. - Arrepiei, meus olhos passearam pelo rosto bonito por alguns segundos. 

- A gente tem… - Puxei a manga do blazer de Mina para ver seu relógio - que sempre usava. - Vinte e cinco minutos. Quer passar na biblioteca? Ou ir ao banheiro? 

- Hm… acho que preciso usar o banheiro sim. 

Minha mente nublou do tempo que saímos daquele estacionamento até quando chegamos a um dos banheiros menos usados e entramos em uma cabine, só acordei quando minhas costas encostaram à parede tão gelada que senti pelas casas do uniforme. Não soube se gemi por isso, pelos lábios quentes de Mina ou pela leve dor de ter sido jogada com força contra a cerâmica. 

Mina perdia completamente o carinho em alguns momentos, e eu adoro. 

- A gente tem vinte minutos. - Seu hálito estava tão perto de minha boca, e Mina estava tão cheirosa que eu queria ignorá-la, mas aquela desgraçada mordeu e sugou meu lábio, e ela sabe que gosto disso! - Você me entendeu? Vinte minutos.

- Entendi, eu entendi. A porra de vinte minutos, agora cala a boca e me beijar. 

- Que mal criada… - Ofeguei baixinho pelo jeito que ela falou, filha da puta gostosa do caralho. - Vem aqui. 

Meus cabelos foram puxados com força, mas não fui beijada no mesmo momento, Mina ficou me olhando por alguns segundos com aquele sorriso malicioso nos lábios, seus olhos não saiam do meu e eu sabia que ela queria me deixar fraca.

E conseguiu.

Eu quis pedir, quis implorar para ela me beijar logo, mas se abrisse a boca, iria gaguejar e aquilo seria deixar Mina ganhar, não queria que ela soubesse como estava necessitada mais do que ela já sabia pelo meu cheiro e olhar desespero, que eu sabia que tinha.

***

Não, não durou vinte minutos, acabou que perdemos metade do primeiro tempo no banheiro, Mina fingiu estar irritada por alguns segundos, mas logo depois estava rindo comigo enquanto andávamos para o laboratório, decidimos que era melhor esperar a próxima aula do que atrapalhar a do professor que já estava na sala. 

- Você está com o cabelo um pouco bagunçado.

- Quem será que bagunçou eles? - Sorri penteando-os com os dedos, era bom ver os fios loiros em minha mão. - Não precisa desembaraçar, querida. Eu vou lavar eles mais tarde, pode só arrumar um pouquinho para mim, por favor? - Mas eu travei, simplesmente travei com o vocativo e só fiquei piscando ali. - Sattang? Você está bem? 

- Ah… desculpa. Eu só… me perdi um pouco. Pode me chamar assim de novo? 

- Como, Sattang? Eu sempre te chamo assim. - Apertei os lábios, tinha que ter um defeito, mas ela ficava adorável com aquela cara de lerdinha. - Ah… - Após alguns segundos me olhando, ela finalmente percebeu. - Você… você gostou que eu te chamei de querida?

- Gostei, gostei muito. - Com um sorriso, me apoiei perto da porta da sala e puxei Mina para ficar entre minhas pernas para poder arrumar o cabelo dela. - Você sabe como me deixar boba, hein, loirinha? 

Aproveitei nossa proximidade para tirar o amarrador que normalmente deixava no pulso para prender o cabelo de Mina, seria bem mais fácil do que arrumar toda a bagunça que eu fiz ali. 

Parecendo confortável, Myoi se virou de costas, se apoiou em mim e puxou seu celular para jogar um joguinho de armas, eu já tinha percebido que ela fazia isso frequentemente, sempre que se sentia aconchegada o suficiente, puxava o celular para jogar algo ou ouvir música. Mesmo que significasse que eu tinha perdido a atenção dela, eu fiquei feliz, porque de algum modo isso demonstrava que ela se sentia bem comigo. 

E me senti nas nuvens enquanto a abraçava e observava jogar.

Nossa bolha não durou muito, em poucos minutos tivemos que nos separar pelo sinal tocando, apenas esperamos os que estavam na sala saírem para entrarmos e tomar nosso lugar na mesa onde geralmente Mina e Jihyo ficavam, uma mesa tripla, mas como não tinham alunos o suficiente naquele horário, normalmente as duas ficavam sozinhas nela. 

Mas uma coisa chamou atenção da Myoi antes que ela se sentasse, um papel dobrado, em cima de sua cadeira, provavelmente alguma anotação ou bilhetinho, mas quando Mina o abriu para ler, seu rosto ficou pálido. 

- Mittang? Aconteceu algo? 

- É só que… - Coçou a cabeça estressada, eu realmente não estava entendendo. - Há algum tempo, em um dos meus primeiros dias no clube de dança, eu achei um papel dentro do meu armário falando alguma coisa sobre fingir, até achei que fosse de Jisoo porque o armário dela é do lado do meu e ela é atriz sabe, mas não era, então nem dei bola, pensei que na correria alguém jogou na porta errada, mas agora, na mesa que eu sempre me sento no laboratório de química, achei isso.

Ela sabe que você está fingindo ser quem não é? Ou você também engana as pessoas que estão ao seu lado?” 

Que porra é essa? 

Fake OmegaOnde histórias criam vida. Descubra agora