Paranóia

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Opa!
Falei que ia atualizar ontem, mas estava com uma cólica bem foda e estranha ontem e decidi tomar um remédio e ir dormir, mas enfim!
A difícil vida de um trans que só vai tomar o bloqueador no meio do mês.

E vamos de atualização, não é?
Meio tarde, mas sabem como é.

Mas um aviso antes, esse capítulo terá gatilhos: menção de abuso doméstico, menção de agressão.

Boa leitura!

***

Sabia que deveria descansar porque o dia seria cheio com as tatuagens e compras que a gente precisava fazer para casa, mas eram duas da manhã e ainda estava acordada com a cabeça cheia, depois que paramos de brincar por causa da tatuagem, acabei pensando em algo que eu implorava com todas as minhas forças para qualquer entidade que exista nesse mundo para o que eu pensava ser mentira.

Respirando fundo, peguei meu celular não sabendo se eu torcia para Momo ou Nayeon estarem online ou não, sinceramente, não sabia se queria aquela resposta.

Sem enrolação, mandei mensagem no grupo que tinha com elas para pedir ajuda sobre a mudança de Sana.

"Preciso de ajuda"
"Estão acordadas?"

Momori:
"Eu estava indo dormir"
"Aconteceu alguma coisa?"

Nayeon:
"Eu estava dormindo"
"Momo me ligou desesperada"
"Sana está bem?"

"Está"
"Só aconteceu alguma coisa e eu estou torcendo para estar errada"
"Eu recuperei o HD do notebook dela hoje e achei umas fotos com a mãe dela"
"As duas são parecidas demais..."

Momori:
"Muito"
"Mas..."
"O que tem isso com precisar de ajuda"

"Eu quero estar errada"
"Vocês acham que isso tem algo a ver a obsessão do padrasto dela?"

Momori:
"Sim"
"Infelizmente você está certa"

Nayeon:
"Com certeza"
"Até Sana já disse isso várias vezes, que acha que aconteceu isso, mas morre de vergonha de falar com outra pessoas"

Momori:
"A gente acha desde a morte da tia que ele vê a Sannie como uma substituta da mãe dela"
"As duas são muito parecidas na aparência, personalidade, tudo"
"O que deixava ele muito puto era que a mãe dela nunca deixou marcar ela, até com o cheiro, ela, dizia que já teve o amor da vida dela, o pai da Sana, ele era a única pessoa que teria aquele direito"
"Sempre que ele fazia, Sana e ela iam dormir lá em casa porque eles brigavam porque ele dizia que era o direito dele, que a tia era dele, e quanto mais doente ela ficou, menos ela conseguia resistir"
"Eu não sei nem se deveria estar falando sobre isso com você, Mina, de verdade, Sana odeia falar sobre isso"

Nayeon:
"Moring, Mina precisa saber, até pra cuidar da Sannie, ele é perigoso"

Momori:
"..."

Nayeon:
"Mina, aquele homem é louco"
"Sana começou a tomar bloqueadores no momento depois do primeiro cio dela depois que a mãe dela morreu"
"Ela te contou sobre a gente? Ou sobre a Momo e ela?"

"Contou"
"Ela falou que já passou o cio com vocês, que também já ajudou vocês"

Nayeon:
"Ótimo!"
"Então você pode saber o porquê que foi a primeira vez que ele caiu no soco comigo"
"Sana passou a semana lá em casa comigo, e eu fui levar ela e ficar lá pra poder cuidar dela, sabe?"
"Eu sai por pouco tempo, só para ir na farmácia, quando voltei, a porta do quarto dela estava quebrada, o filho da puta tinha batido nela quando percebeu que algo tinha acontecido e quando percebeu que o cheiro dela vinha de mim, caiu em cima de mim para me bater"
"Ele gritava que Sana era dele, que eu iria morrer por ter feito aquilo, chegou a chamar ela pelo nome da mãe, foi horrível"
"Nossa sorte é que ele estava tão focado em mim que Sana conseguiu chamar a polícia, mas eu fiquei internada de tanto apanhar, Sana teve o nariz quebrado, ele só dormiu na cadeia por ter amigos lá dentro que falaram que ele estava instável por ter acabado de perder a esposa, ela foi obrigada a voltar por ele ter a guarda dela, a gente tinha sei lá quantos anos nisso..."

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