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Babi on

Carol tá linda naquele vestido branco, parece até uma daquelas modelos famosas.

Ela tá tão animada com isso. Eu não costume me sentir assim bem, por ver outra pessoa feliz .

Acho que eu passei muito tempo no modo robô.

Eu queria ser mais mente aberta, queria conseguir me aproximar mais dela, acho que seria legal. Nunca tive uma amiga de verdade .... Nem uma de mentira.

Coringa: vamos ser só nós dois agora- ele para do meu lado- vai ser estranho moro com o Arthur desde a adolescência. Ele já faz parte da minha rotina.

Babi: você vai continuar sendo importante pra ele. Mas agora a meta do Arthur é outra, ele quer construir uma família. Com crianças choronas e tudo mais.

Coringa: você não pensa nisso ? - viro pra ele - em ter a mesma meta?

Babi: casar e ter filhos  chorões ?

Coringa: é. - ele dá de ombros.

Babi: eu não seria uma boa mãe. Faz  praticamente um ano e eu ainda não consigo ser carinhosa com a Carol, as vezes até vacilo com você, me fecho mesmo sem querer.Não sei se conseguiria ser carinhosa com um bebê.

As pessoas acham que é besteira, mas uma infância de merda te deixa cheia de cicatrizes psicológicas.

Coringa: hmm...

Babi: isso é um problema pra você ? - não sei se tô preparada pra resposta.

Coringa: não disse isso. Só que nessas últimas semanas eu tenho pensado sobre o futuro, sabe ? Acho que q história do Arthur se casar fez eu ficar meio neurótico.

Babi: não consigo por um vestido branco maior que eu, desfilar em  um tapete vermelho em um lugar lotado de pessoas que eu não gosto. Isso nunca vai acontecer. Eu não sou assim. Desculpa.

Coringa: eu sei. Mas o Arthur disse que se a gente quer a gente da um jeito. Você não precisa necessariamente por um vestido branco maior que você.

Babi: você quer ? Quer casar ?

Coringa: não sei. Você vai dar um pé na minha bunda se eu disser que sim? - ele força um sorriso.

Babi: não. Só acho importante a gente conversar sobre isso.

Se não tivéramos a mesma meta não dá pra levar o relacionamento pra frente. Se não vamos nos machucar no futuro.

Coringa: eu quero você. É só isso que eu sei- ele beija minha testa- sei que você me quer o resto a gente vai resolvendo.

Victor é a melhor coisa que já me aconteceu, não quero perder ele.

Coringa: eu amo você.

Babi: eu amo você, coração.

Não tem um ser humano sóbrio nesse lugar. Melhor parte desse casamento.

Babi: tenho um presente pra vocês. Na verdade dois presentes.

Crusher: amo ter amigos ricos.- ele se gaba.

Babi:  não sua amiga, se toca garoto .

Crusher: ouviu isso, Victor ? Faz greve. - meu namorado revira os olhos do meu lado.

Ele não conseguiria fazer greve nem se a vida dele dependesse disso. Tenho os meus métodos.

Babi: idiota. Meu primeiro presente é esse - entrego um papel.

Carol: uma certidão de casamento?- os olhos dela chegam a brilhar por esse papel idiota.

Babi: é só vocês dois assinarem e deu.

Carol: como você conseguiu isso ? Arthur é um foragido .

Babi: eu consigo tudo que quero. Não se preocupa com isso.

Carol: muito obrigada - ela me abraça. Fico meio sem jeito mas tento retribuir.

Crusher: valeu, Bárbara.- ele sorri pra mim - isso foi muito legal da sua parte.

Babi: bom. Segundo presente, conversei com o Victor e tudo bem o Arthur passar a próxima semana fora. Essa daqui - entrego as chaves - é chave da casa em Ilhabela e a da lancha. Pra vocês aproveitarem a lua de mel. Um presente dos seus padrinhos - Victor me abraça de lado.

Crusher: mudei de ideia. Pode namorar com ela, Victor.

Babi: cara, eu detesto você.

Crusher: olha minha cara de preocupado.

Carol: sei lá, vocês parecem ter uma amizade diferenciada.

Coringa: isso não vai acabar nunca ?

Babi: vai. É só você deixar eu por ele dentro de alguns pneus e tacar fogo.

Coringa: por favor, não faz isso.

Babi: por favorzinho?

Coringa: não.

Babi: bom, então vamos continuar assim- dou de ombros.

Passei o resto da festa enchendo a cara junto com o Victor. Ele fica tão idiota quando tá doidão.

A gente dançou pra caralho. Me estressei com ele abaixando meu vestido o tempo todo, mas em geral foi muito divertido.

Agora a Carolina foi jogar o buquê. Nem me meti no meio. Quero esse treco bem longe de mim

Coringa: Babi - ele me encara completamente bêbado- eu menti ....

Babi: mentiu ?- pergunto confusa

Coringa: hoje... eu ... eu menti - hmm, não tô gostando disso- eu quero casar com você, quero muito. Em algum momento eu quero - ele soluça de tão bêbado.

Babi: Victor- engulo em seco - vamos mudar de assunto, por favor.

Coringa: mas eu não vou admitir. Porque se eu disser que quero casar você vai me dar um pé na bunda por não querer o mesmo. Você não consegue sair do modo robô.

Babi: Victor...

Coringa: eu amo você, então vou me contentar com o que você oferecer. Mesmo que as vezes você pareça um robô sem sentimentos.

Eu não sei o que dizer...

Um robô sem sentimentos....

Eu tô perdida nos meus pensamentos quando sinto algo bater contra a minha cabeça e eu seguro antes que caia no chão.

O maldito buquê .....

Até amanhã ❤️❤️

Libertina Onde histórias criam vida. Descubra agora