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Coringa on

A Bárbara me tira do sério, não tem como. Aquela mulher me faz ficar puto do nada. Ninguém consegue fazer isso melhor do que ela.

Agora até manipulador eu sou, não preciso fazer ceninha pra conseguir sexo.  Posso conseguir uma boa foda em minutos, se bem que até ontem a noite meu pau só subia por ela.

Mas com certeza isso já passou ...

Crusher: então ao problema é com você ? - concordo - e você não sabe o que fez ?

Coringa: eu não fiz nada. Me diz que porra eu posso ter feito que ofendeu a porra do Aranha?

Crusher: e Bárbara não confia em você ?

Coringa: acho que ela não confia nem em si mesma. Bárbara é toda estranha. Se ela tiver que escolher entre salvar a minha cabeça e manter a paz com a facção rival, ela vai escolher a segunda opção sem pensar duas vezes.

Crusher: acho que o Tenente não daria um cargo tão importante pra ela, se não achasse que ela ia ser justa no trabalho.

Coringa: aquela sua teoria dela  ser filha dele ...

Crusher: o que tem ?

Coringa: acho que você pode estar certo.  Faria total sentido, ela disse que foi treinada pelo pai, ela diz que tem todo o apoio do Tenente e que nunca transou com ele .

Crusher: hmm. É uma boa hipótese. Você devia conversar com ela.  Não como Coringa e sim como Victor. Acho que vocês tem uma questão pessoal pra resolver.

Coringa: temos uma relação que se baseia só no profissional.

Crusher: nem vocês acreditam nessa merda. Para de ser infantil porra, admitir que tem algo rolando não vai matar vocês.

Quando cheguei em casa fui direto pro quarto da Bárbara. Bati na porta e ninguém respondeu, como estava destacada fui entrando, afinal a casa é minha, tenho direito.

Coringa: Bárbara ? Podemos conversar ?

Não tem ninguém no quarto e nem no closet, vou na direção do banheiro. A porta não tá trancada então vou logo entrando.

Eu sinceramente não sei descrever o que essa cena causa em mim é muito estranho. Bárbara está na banheira, mas não é uma cena sexy, é um cena angustiante já que a banheira está cheia de gelo. A boca da garota tá até roxa, mas ela mantém uma expressão serena, parece não estar dando a mínima pro frio.

Pego o roupão pendurando e vou até a banheira. Seguro Bárbara pelo braço e forço ela a ficar em pé.

Coringa: que porra é essa ? Você tá maluca ? - ponho o roupão no corpo dela.

Arrasto ela até o quarto e aumento a temperatura do ar.

Coringa: o que você tava fazendo ?

Babi: pondo a cabeça no lugar - ela diz como se fosse óbvio.

Coringa: em uma banheira de gelo ?

Babi: eu cometi um erro grave.

Coringa: um erro grave ?

Babi: acreditei em você. Eu recebi a confirmação do Aranha no final da tarde o problema é com você, me deixei levar pelo nosso joguinho idiota. Se meu pai estivesse aqui me mandaria ficar no gelo pra focar melhor, para pensar nos meus erros.

Coringa: seu pai mandava você ficar no gelo ?- acho que alguém não vai ganhar uma caneca com a frase " melhor pai do mundo" escrita

Babi: desde os meus seis anos, tive um treinamento bem diferenciado. Isso me relaxa e ajuda a pensar.

Ela só pode estar maluca.

Coringa: isso não te relaxa, isso claramente te machuca porra. Olha só - seguro a mão dela - você tá tremendo, sua boca e pontas dos dedos estão roxas-Você não é mais uma criancinha de seis anos, não precisa fazer algo que o insano do seu pai mandou .

Nunca fez tanto sentindo pra mim ela ser filha do Tenente. O cara é insano, faz muito sentido ele por a filha em uma banheira de gelo.

Coringa: e você não comentou um erro ao confiar me mim. Não fiz nada de errado, sei que as circustância não são muito favoráveis pra mim, mas eu não fiz nada.

Ela não diz nada só fica ali deitada encarando o teto. Não gosto disso, não gosto quando ela agi como um robô. Ela é humana tem que agir como tal, prefiro quando ela perde o controle e grita comigo.

Coringa: você acha que o Tenente vai entregar a minha cabeça?

Babi: eu não sei. Depende do que o Aranha vai falar, se quer algum tipo de ajuda minha tem que me contar o que fez antes da reunião.

Coringa: não fiz nada, não que eu me lembre.

Babi: espero mesmo que seja apenas um engano.

O celular dela começa a vibrar na mesa de cabeceira e o nome do filho da mãe do Lucca aprece.

Coringa: não vai atender?

Babi: ele tá me ligando no celular pessoal. Não é trabalho, então não preciso atender.

Meu indicador desliza pelo braço dela e Bárbara fecha os olhos aproveitando a carícia. Isso é estranho não sou do tipo que faz carinho nas pessoas, nunca fiz carinho em alguém...

Coringa: errei feio.  Você tá aqui por causa do trabalho, e foi isso que você foi fazer ontem a noite.
Mas não consigo retirar o que eu disse, no meu ponto de vista Lucca só quer te comer.

Babi: você também....

Coringa: é diferente- me defendo

Babi: é mesmo ? - murmuro um "sim" - como é diferente?

Coringa: não sei, mas é. E você sabe disso.

Babi: hmm...

Coringa: não faz mas essa merda da banheira, quer pensar vai pesar em um lugar que não vá te machucar.

Ela não responde. Ficamos em silêncio por um bom tempo, e quando chamo por ela vejo que ela já está dormindo.

Resolvo ficar mais um pouco antes de me levantar mas acabo pegando no sono também.

Libertina Onde histórias criam vida. Descubra agora