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Coringa on

Se tem um coisa que eu não esperava era acordar abraçado na Bárbara.

A filha da mãe tem um cheiro incrível. A pele dela cheira bem, o cabelo dela ...

Babi: tá na hora de levantar ?- voz dela sai rouca por causa do sono

Coringa: não. Pode dormir mais um pouquinho.

Isso é tão estranho. Não é com essa Bárbara que eu estou acostumando a lidar, a Babi sem o murro que ela constrói pra usar de escudo contra tudo e todos.

Aqui e agora ela não é uma representante da CV, é só uma garota normal quer quer dormir o máximo de tempo possível.

Ela tem toda essa posse de fodona, mas acho que no fundo ela não é nada disso.

Acho que no fundo ela é só uma garotinha confusa.

Pessoas que passam muito tempo querendo mostrar que são duronas, geralmente são cheia de traumas e medos. Acho que esse é o caso dela, falo por experiência própria.

Bárbara dorme por mais uns 30 minutos, e então levanta pra ir tomar banho. Levanto e vou pro meu quarto me arrumar. Sou o primeiro a descer então faço o café.

Babi: bom dia coração. Cadê o nosso colega ?

Coringa:  provavelmente na casa de umas das ficantes dele. Fico puto- bufo - ele trazia geral pra cá e nunca deu a mínima pra o que u dizia, foi só você ameaçar ele que o filho da mãe não trouxe mais ninguém.

Babi: medo que eu pegue a Carol na cama dele- ela ri

Coringa: você super faria isso né ?

Babi : por que não ? Ela é gata, Bi e solteira- Babi da de ombros - finalmente eu posso tomar seu café sem correr o risco de morrer de ânsia.

Coringa: te fode - ela sorri - quer carona pra boca ?

Babi: vou passar a manhã fora.

Coringa: deixa eu adivinhar- dou um sorriso irônico - com o Lucca?

Babi: com o Guxta - ela bufa - que implicância com o Lucca.

Eu não gosto dele. Acho ele muito babaca, aquele tipo de pessoa que se acha o dono do mundo.

Babi: volto na hora do almoço. Tenho que resolver algumas coisas com relação a contabilidade.

Coringa: beleza. Te vejo no almoço então ?

Babi: sim - ela sorri - e você paga.

Coringa: tu é muito mão de vaca. Parece até que tá passando necessidade.

Babi: é meu jeitinho- ela ri.

Bárbara foi encontrar o Guxta e voltou com um humor do cão.

Medo falar um "A" e ser castrado. Sem brincadeira, ela mastigou a comida com um ódio.

Coringa: quer falar sobre  a sua manhã ? - pergunto quando voltamos pra Boca

Babi: não. Tá tudo bem - puxo ela pelo pulso. Sento na borda da mesa e ela fica entre as minhas pernas.

Coringa: você tava de boa de manhã e agora parece que vai sair matando geral que aparecer na sua frente .

Babi: só estresse ... TPM.

Coringa: mentira. Faz pouco tempo que você esteve de TPM.

Babi: problemas com o Aranha...- ela me encara - jura que você não fez nada pra ele ?  Esse homem tá me enchendo o saco.

Coringa: juro. Você acredita em mim né ? - ela suspira derrotada .

Babi: só quero que isso acabe de uma vez. Odeio aquele homem, odeio tudo que ele representa. Odeio me sentir deslocada, quero minha casa.

Coringa: logo você se livra da gente.- ela me encara em silêncio

Babi: é... eu não suporto vocês.

Coringa: principalmente eu....

Babi: principalmente você ....

A gente fica se encarando, não sei dizer por quanto tempo exatamente. E também não sei quem iniciou o primeiro toque, mas meu polegar tá acariciando a cintura dela e a mão dela tá na minha nunca fazendo um leve carinho.

A gente se odeia na maior parte do tempo, e porra, nós somos muito bons nisso. Mas quando a gente deixa o ódio um pouquinho de lado também nós saímos bem, infelizmente bem demais.

A tensão entre a gente domina o ambiente.

Puxo o corpo dela para mais perto, o cheiro dela me inebria. O nariz dela roça de leve no meu, não leva mais de 10 segundos para os nossos lábios estarem unidos.

É só um selinho, depois outro, e mais outro. Então  a língua dela passa meu lábio inferior fazendo um frio percorrer minha espinha, quando beijo a Bárbara meu corpo se arrepia de um jeito bom.

Deve ser a falta de sexo. Com certeza é isso que tá fazendo o beijo parecer diferente. Não tem outra explicação.

Aprofundo o beijo e trago o corpo dela para o mais perto possível, Babi passa as mãos pelo meu pescoço e puxa o meu rosto para mais perto.

A falta de ar chega e o beijo tem que ser interrompido, Bárbara deixa algum beijos de leve no meu pescoço antes de me encarar.

Um beijo, um mísero beijo me deixou de pau duro, mas a proposta de ménage da Tatiane não.

Isso não é bom, não pra mim.

Enrosco meus dedos nos fios de cabelo dela e colo nossos lábios de novo . Dessa vez o beijo é mais feroz, mais invasivo.

Bom, e se a gente só chegar e transar ? Ninguém precisa pedir pelo sexo, é só ir e deu.... Se ninguém pedir, ninguém perde.

Antes que a gente possa chegar tão longe a porta da sala é aberta. Bárbara de afasta de mim na hora o que me faz fuzilar o Arthur com o olha.

Crusher: ops...

Ele vai ver o "ops" quando eu bater com a cabeça dele na parede.

                                       ✨

Até amanhã amores 💜

Libertina Onde histórias criam vida. Descubra agora