capítulo 39

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Boa leitura

foto do jk na mídia, a do Jimin está no decorer do capítulo.

Preparem o coração, são emoções demais.

Não esqueçam o voto e de comentar!♥️

[...]

Manhãs de domingo costumam ser um tédio para mim, mas isso não é novidade pra vocês, acordar em um domingo, mesmo depois de oito horas seguidas de um profundo e confortável sono, será sempre um desafio.

Pode notar, mesmo depois das três da tarde o dia continua chato, parecendo oito da manhã até o sol sumir, certeza que o domingo foi escolhido a dedo pelo pecado da preguiça.

O ar geladinho e o barulho fraco de chuva, me fizeram encolher dentro do emaranhar de lençóis, puxando a coberta até o meu pescoço ao que sinto pela pequena fenda que abri, o ar frio bater com tudo nas minha pernas.

- Jungoo... Tá me descobrindo... - a princípio eu cogitei pular da pequena cama improvisada, porque por um milésimo de segundo esqueci que Jimin estava ali, agarrado a mim como um bebê preguiça. O moreno resmunga, esfregando as bochechas nas minhas costas, me apertando com certa força ao entrelaçar seus braços em mim.

Fecho os olhos e tento régular a respiração, usando a lista imaginária de todos os motivos pelo qual Suzanne Collins me deixou profundamente irritado ao mandar Katness pros Jogos com intuito de proteger a Prim, só para no final matar a menina, como distração.

"Ain, se a Katness não fosse não haveria história", beleza, mas precisava matar a Prim??

Saio um pouco do aperto de Jimin, só para me virar e olhar aquele rostinho gordo e lindo.

- Bom dia. - volto pros braços dele.

- Não...- o bolinho resmunga.

Um pequeno sorriso se instala no meu rosto, ao reparar em como essa praga é fofa. Com certo receio levo meu indicador até a pontinha do nariz de Jimin, e ao não notar desconforto em suas expressões, ouso deslizar a pontinha por outros lugares como testa, queixo, bochechas e os lábios.

Eu sabia que ele não estava dormindo, sua mão acariciava minha cintura, onde o pano da blusa subiu e uma pequena parte de pele ficou a mostra.

Me remexo, afastando meu dedo das bochechas inchadas quando noto um sorrisinho no canto dos lábios de Jimin, enterro a cabeça em seu peitoral, com uma vergonha que nunca me atingiu antes, mas não foi desconfortável, parecia só... Uma timidez nova para mim.

Nossas pernas entrelaçadas e sua respiração pesada contra meus cabelos, me traziam uma calmaria que domingo nenhum poderia ganhar.

Inspiro fundo, satisfeito por poder passar mais tempo sendo agarrado por Jimin, até lembrar do que me espera fora daquele quarto.

Acho que minha mãe nunca vai entender a minha dor de ter que ir embora, mesmo que uma parte de mim ainda quisesse ficar. Ela nunca vai compreender o meu choro, implorando aos soluços para que tudo fosse diferente. E me doí mais ainda saber que eu também nunca vou poder compreender os motivos dela de ter escolhido me abandonar.

Não é novidade que suas lágrimas grossas e pesadas escondidas nos sorrisos sem vida pela manhã, eram culpa minha. Eu acordava todos os dias com a esperança de que tudo fosse se ajeitar de um segundo para o outro, de que meu amor parasse de fazer mal a ela, de que eu não fosse com o uma lâmina que a cortava, dia após dias.

Mas óbvio que nunca aconteceu.

Ela me internou, não soube lidar com um peso de ter um filho louco. Eu não a culpo, longe disso, mas também não posso dizer que a perdoou. Passei os piores momentos da minha vida naquele lugar, sendo cuidado e tratado como lunático por quase três anos.

M O O N D U S T - Jjk + PjmOnde histórias criam vida. Descubra agora