Capítulo 24

674 83 72
                                    

Oii! Eu voltei e trouxe uma atualização!

Por favor não fiquem com vontade de me matar, mas eu juro que não foi só por maldade que eu coloquei a última cena.

Peço perdão pelos erros ortográficos e de digitação.

Boa leitura!

 Lucien

Quando uma carruagem dourada parou à frente do jardim bem-cuidado do palacete, Lucien sabia o que o esperava. O cocheiro, no entanto, foi o único a descer da carruagem e bater à porta. Helion continuou parado, sentado no banco confortável de sua demonstração grandiosa de poder.

Lucien não queria, mas teve que entrar na carruagem. Tinha que enfrentar o grão-senhor. Quando a porta pesada se fechou, o veículo não se moveu. O cocheiro estava esperando o mordomo colocar as malas de Lucien no banco da frente.

Helion parecia inabalado. Lucien sabia de sua própria condição: olheiras, lábios rachados e uma péssima postura. Duas horas seria muito tempo desde a briga com Elora. Lucien sabia que a fêmea não queria brigar com ele, mas entre o macho que secretamente amava e o filho bastardo dele, ela sempre preferiria Helion.

-Está... acabado –o grão-senhor murmurou.

-Me avisaram –grunhiu, indiferente.

-Ah.

Lucien ficou em silêncio, esperando um pedido de desculpa. Quando percebeu que o outro macho nada diria, decidiu falar pelos dois.

-Sabe o que é engraçado? Você se sentir no direito de ficar magoado. Não consigo encontrar palavras o suficiente para expressar a minha insatisfação nesse momento. Você mesmo disse que eu estava livre para destruir a sua corte se quisesse, mas mandou uma illyriana de um metro e meio para fazer um escândalo em minha casa e sair como se nada tivesse acontecido, quando eu te ignorei.

-Mentiu para mim. Agiu como se tudo estivesse bem aquele dia, mas depois não falou mais comigo –Helion exasperou, indignado.

-E que diferença isso faz? Passou quatro séculos e quatro décadas sem saber como era a minha voz, não me recordo de ter sabido de uma busca insistente sua quanto a mim e a minha localização. -Lucien estava tentando feri-lo de todas as maneiras, para que assim os dois estivessem igualmente feridos

-Não fale assim comigo, eu sou o seu pai.

-Posso ter sido seu filho desde que nasci, mas você só é meu pai há uma semana, Helion, não entende como isso me afeta?

Tinha acertado algo em Helion, que parecia estar à beira de um ataque.

-No jardim, algumas semanas atrás, disse que gostaria de me ter como pai –sussurrou.

-Desde o meu nascimento, é claro! Não no meio do caminho, quando passei a vida toda pensando que tinha outro pai.

-Mas não é justo, eu estou aqui agora.

-Mas deveria estar desde quinze de outubro, quase quatro séculos e meio atrás. Realmente, não é justo –grunhiu, sentindo a garganta fechando.

-Eu tentei te trazer para cá.

-Quão difícil é trazer um bebê do tamanho do seu antebraço para sua casa? -fungou, desistindo de tentar segurar o choro. -Não só me largou naquela corte de loucos, como também consentiu em bloquear magicamente qualquer sinal físico de que eu pertencia a Corte Diurna.

-Você não entende, eu teria te trazido se Beron não fosse começar uma guerra por isso –explicou, confuso demais para perceber que estava machucando ainda mais o próprio filho.

Corte de Fogo e Escuridão (Lucien × Azriel)Onde histórias criam vida. Descubra agora