Corte de Fogo e Escuridão (Lucien × Azriel)

Capítulo 48

Oii, eu voltei e trago mais uma tualização!

Segura que essa é enoooormeee. Depois de um mês, vocês mereciam um hotzinho.

: )

Por favor deem uma olhada na minha outra fanfic luriel, Coffee & Vanilla,  e no meu livro, Rainha Perdida!

Peço perdão pelos erros ortográficos e de digitação.

Boa leitura!

 Lucien

Quando Lucien pisou novamente no solo da Corte Primaveril, não viu a grama verde, não sentiu o cheiro das árvores e não ouviu os barulhos dos pássaros começando a acordar. Ele viu o céu negro, viu a terra exposta e seca, viu as árvores que murchavam lentamente.

Ele sentiu vontade de chorar. Chorar porque há muito não pensava que voltaria a estar ali, chorar porque a corte em que mais viveu estava definhando lentamente, chorar pelo que aquela terra representava.

-Bem, aqui está bem acabadinho. Mas na mansão está florido e limpo, e com menos cheiro de dejetos animais –Vougan torceu o nariz.

-É difícil acreditar –Elora grunhiu, checando as botas para ver se não havia pisado em algo que não gostaria.

Lucien percebeu que ambos Elora e Vougan usavam trajes illyrianos. Eram dois illyrianos sem asas, afinal, mas Lucien nunca pensou que veria Vougan abraçando ao menos um pouco dessa parte dele, até porque o príncipe não queria que ele soubesse.

A irmã de Rhysand tinha quase a mesma idade de Lucien, com apenas cinquenta anos de diferença. Ela era mais velha, mas, assim como Lucien, não se comparava com o irmão.

Lucien se lembrava de que, no primeiro baile em que foi autorizado a ir, ela havia ficado com ele num canto, rindo e bebendo. Ela era alegre, bonita e não parava de falar no seu parceiro que havia descoberto há pouco tempo. Lucien disse a ela que falasse com ele sobre o que ela havia sentido, que não deixasse o laço em segredo até que ele percebesse, porque poderia ser tarde.

Nessa época, Lucien ainda achava que o laço de parceria era uma benção. Lucien nunca a viu depois, mas encontrou seu filho. E apesar de Vougan merecer saber que sua mãe parecia ser uma mulher incrível, Lucien era orgulhoso demais para trair seu melhor amigo e entregar a criança a Rhysand, ele não poderia deixar o inimigo ter a mínima felicidade, poderia?

Mas ver Vougan com as roupas illyriana o fez sorrir como um tolo. Um pai bobo. Lucien chorou da primeira vez que Vougan o havia chamado de pai pela primeira vez, ele costumava fazer muito quando era pequeno. Com o tempo, "papai" virou "pai" e depois apenas "Lucien".

Mas isso não o magoava, o príncipe sabia o papel que ocupava na vida do rapaz.

-Vamos andando –Elora murmurou, puxando o ruivo pelo braço. -O que deu em você, hein?

Vougan estava a metros de distância dos dois.

-Eu acho que estou feliz.

-Não pode estar feliz no meio desse monte de merda de cavalo, vamos –a fêmea continuou puxando o macho.

Depois de poucos minutos, começaram a pisar numa grama amarelada e seca. E então a grama verde, os pássaros e as plantas começaram a aparecer. Já dava para ver a mansão, e o dia já começava a ter um pouco mais de luz.

Arrepios surgiram em seu estômago quando chegou mais perto da construção. Tudo estava apagado, exceto por uma luz fraca em um dos cômodos.

-Eu acho que ele está acordado –Elora sussurrou.