Corte de Fogo e Escuridão (Lucien × Azriel)

Capítulo 56

Oi gente!

Eu voltei e trago mais uma atualização!

Dessa vez, tem todos os gatilhos que se pode ter na vida, pelo amor de Deus leiam com cuidado!

Peço perdão pelos erros ortográficos e de digitação.

Boa leitura!

 Azriel

O coração de Azriel pareceu errar as batidas. Quando Lucien disse que gostava dele, bem, não foi uma declaração de amor, mas tinha se parecido com uma.

Era a primeira vez que alguém dizia algo do tipo para ele. E ele se sentia como uma menininha adolescente, e a sensação era boa. Aterrorizante, mas boa.

-Podemos voltar para a sua casa? -perguntou, baixinho.

Estava sentado no chão, terminando uma garrafa de vinho com Lucien. O macho repousava a cabeça em seu ombro, e estavam em silêncio já a algum tempo.

-Por quê?

-Bem... esse lugar não chega nem aos pés do que você está acostumado. Está me deixando desconfortável.

Lucien soltou uma risadinha baixa.

-Não me incomoda, de verdade, mas, se está te incomodando, podemos ir. Apenas pegue algumas roupas e vamos, sim?

Ele assentiu, fazendo o que o ruivo pediu. Logo, tinham atravessado dos portões que pareciam ser feitos de ouro puro até a propriedade luxuosa de Lucien, o que não o deixava mais confortável com o fato de que ele tinha visto o seu apartamento decadente.

-Pode me fazer um favor, Lucien? -perguntou, enquanto caminhavam na direção da porta principal.

-Posso fazer todos os favores que quiser.

Já era o fim da tarde, o céu começava a ficar alaranjado e havia aquela luz dourada que parecia adorar Lucien. Não poderia ser diferente, ele era descendente do Sol, afinal.

-Pode pedir a Eoghan a receita daquela poção que me deixou sem as asas por um tempo?

-Por que quer ficar sem elas?

-Eu não preciso me explicar para você.

-Eu gosto delas. Você não?

-Eu só quero parecer normal por algum tempo, tudo bem?

-Você é normal.

-Você me entendeu.

Lucien abriu um sorriso. O macho era irritantemente bonito.

-Vou mandar um bilhete –sorriu, dando um beijinho nas costas da mão do macho.

Ele não tinha soltado sua mão quando atravessaram, mas Azriel gostou disso. Parecia certo para o momento.

-Obrigado.

-Mas se eu mandar um bilhete, vão me perguntar como eu achei você. Estavam todos muito preocupados com você, Azzie. Até a minha tia, que você sabe que te odeia.

-Eles estão? Não pensei que ligassem para mim.

-É claro que ligam. Mas eu também preciso saber o que aconteceu com você. Ninguém tinha sequer um sinal de você, e aí você aparece todo sujo e machucado na minha porta dois dias depois.

O moreno suspirou, o corpo tenso. Tinha mesmo que contar tudo a alguém que não tinha nada a ver com a história?

-Podemos só... entrar? Aí eu te falo o que aconteceu, tudo bem?