Corte de Fogo e Escuridão (Lucien × Azriel)

Capítulo 09

 Oii, eu voltei. Deixei algumas pontas soltas no capítulo, mas não foi por descuido. 

Dessa vez não tem spoiler aqui.

Peço perdão pelos erros ortográficos e de digitação.

Boa Leitura!

Azriel

A biblioteca fechada de Aitreabh Grianach era uma sala oval gigantesca com livros do chão ao teto, no andar mais alto do castelo. Havia uma porta quase escondida em meio aos livros, que dava acesso ao laboratório que Eoghan falou.

Enquanto o curandeiro fazia o teste, Azriel, Helion e Zion estavam sentados em silêncio na grande mesa de mármore claro, localizada no centro da sala. Todos os três estavam procurando algum veneno que seria capaz de matar o herdeiro de uma corte. Bom, pelo menos era o que Azriel estava tentando procurar.

"Empregada estúpida"

"Elixir da morte, elixir da morte, elixir da morte..."

As sombras não calavam a boca e pareciam desesperadas. Queriam dizer algo, mas não conseguiam. Azriel tinha para si que elas não podiam dar informações completas a ele, mas que sabiam do presente e passado de todos os feéricos e humanos.

O encantador de sombras desistiu de tentar ler e observou a mesa. Não era surpresa ver que era contornada por ouro branco, mas ainda sim ele ficou surpreso.

-Eu vou ver como Eoghan está indo com o teste –anunciou, se levantando cuidadosamente da cadeira para não bater as asas em Zion.

Sentar em uma cadeira que não era própria para o uso de alguém com asas era desconfortável. Ficou sentado por talvez cinco horas e os músculos de suas costas pareciam gritar por socorro.

Ao abrir a porta, se deparou com Eoghan no chão, parecendo desmaiado. Iria chamar os outros dois machos para ajudar, mas ouviu o curandeiro roncar.

-Está mesmo dormindo em uma situação assim? -Azriel balançou o curandeiro com o pé, a fim de acordá-lo.

Eoghan não acordou. O illyriano olhou para a mesa e viu o prato de comida de Lucien vazio e um pote de vidro com um líquido verde e a comida toda no fundo. Havia também alguma coisa moída em um almofariz e uma vasilha cheia pela metade com água morna.

-Eoghan –chamou novamente, se ajoelhando no chão.

O macho resmungou.

-Estou ouvindo, mas não consigo abrir os olhos. O cansaço me venceu.

-Quanto tempo vai demorar para o teste ficar pronto?

-Já deve estar, não sei por quanto tempo eu dormi.

-Por que dormiu no chão?

-Eu não consegui andar, dormir no chão é até que confortável. Quer cor está?

-Faz diferença?

-Faz. Ele tem que estar roxo.

Azriel se levantou e encarou o líquido novamente.

-Bem... está verde. Isso significa algo bom, não é?

O curandeiro arregalou os olhos e levantou com um salto, apenas para observar o líquido verde soltando um pouco de fumaça. O cheiro estava fazendo o rosto do encantador de sombras arder, se é que aquilo fazia algum sentido.

-Isso significa que precisamos fechar todas as portas da mansão e precisamos testar toda a comida que é dada para a família Grian. Lucien foi envenenado.