Capítulo 23

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Oii! Eu voltei e trago uma nova atualização!

Dessa vez eu acho que exagerei na montanha russa de emoções, me avisem se o ritmo da fanfic estiver rápido demais.

Peço perdão pelos erros ortográficos e de digitação.

Boa leitura!

 Azriel

Por mais que a dor física tivesse passado, Azriel não dormia direito e tinha crises de choro constantes. Ele tinha certeza de que todos tinham se irritado com ele, então encontrou um lugar seguro para se esconder quando estava triste: a ala infantil.

Não havia mais crianças no castelo e nenhum adulto se interessaria em ir para lá, então ninguém procuraria pelo mestre-espião naquele pequeno conjunto de salas. Talvez ninguém realmente estivesse procurando por ele, e Azriel poderia se sentar na frente da porta principal do grande salão de entrada apenas para perceber que todos o estavam ignorando.

Lucien tinha sumido. Se passaram quatro dias e o macho illyriano não tinha ouvido uma única palavra sobre o outro macho no castelo, nem pelas sombras nem por ninguém.

Mas talvez isso fosse bom, porque Azriel precisava de um tempo sem trabalho. Sabia onde Lucien tinha se escondido, não era irresponsável a ponto de descumprir com o seu serviço. Mas se ele não estivesse por perto, o mestre-espião conseguia pensar com mais clareza. Estava decidido a se casar com Elain, depois que conseguisse se recuperar por completo.

Por um lado, Denzel até tinha ajudado em algo. Azriel nunca mais chegaria perto de outro macho, porque não se sentiria seguro o suficiente para isso. Elain era a opção segura, a fêmea com quem ele poderia contar para se segurar se estivesse caindo e ficando para trás.

E, de certa forma, ele sabia que aquilo estava predestinado a acontecer. Era óbvio que não se envolveria com os dois únicos machos por quem já sentiu algo, então ficar com uma das únicas fêmeas por quem não sentia indiferença era a escolha certa.

Em algum momento entre as crises, ele teve tempo para sair e comprar um anel que mantinha escondido debaixo do colchão. Sabendo que tinha gastado muito dinheiro, ele não desistiria fácil desse casamento.

Azriel estava distraído durante o café da manhã, um dos únicos momentos em que não se privava da convivência com outros. Helion era o único acordado, mas não estava falando muito. O grão-senhor passava o dia todo cercado por empregadas fazendo várias perguntas sobre o que deveriam fazer quando a temporada de bailes chegasse, mas aquela manhã estava particularmente calma.

Ele estava triste. O macho illyriano também estava. Ambos estavam tristes, desgastados e solitários, mesmo que por motivos diferentes. Helion estava chateado por Lucien ter largado Azriel no castelo e ter ido embora, ao menos foi o que o mestre-espião descobriu pelas sombras. Azriel tinha se tornado a prova de que Lucien estava ignorando o pai, e o macho illyriano estava odiando ser parte do aviso silencioso.

O grão-senhor não poderia expulsar um macho ferido de sua casa, mas estava claro de que não queria conviver com ele. Mas, mesmo que por pouco tempo e em silêncio, Azriel precisava não estar sozinho.

-Com licença -Helion murmurou ao acabar a refeição, se retirando da mesa no jardim.

-Está com raiva dele? -Azriel sussurrou, porque sentia que precisava falar algo. O grão-senhor parou de se afastar e travou a mandíbula. -De Lucien, eu quero dizer –o mestre-espião aumentou o tom de voz.

-Mesmo que estivesse, falar sobre isso com você não mudaria o que está acontecendo. Lucien fez uma escolha e a mim só resta aceitar.

-Mas ele não está longe, sabe, pode ir vê-lo.

Corte de Fogo e Escuridão (Lucien × Azriel)Onde histórias criam vida. Descubra agora