Corte de Fogo e Escuridão (Lucien × Azriel)

Capítulo 42

Oii, eu voltei e  trago mais um capítulo!

Hoje, curiosamente, ficaremos com raiva do Luci.

Peço perdão pelos erros ortográficos e de digitação.

Boa leitura!

Por favor leia meu outro livro aqui no Wattpad, Rainha Perdida.

 Azriel

Azriel estava pensativo. Esperava estar sozinho com o príncipe, mas haviam mais duas pessoas das quais uma estava bastante a vontade sobre o colo do macho ruivo.

Diante da cena, seu estômago parecia ferver com um misto de raiva, ciúme e vergonha. Ele se sentia como um intruso, como o amante que esperava sua vez de ser o principal, mas ele não deveria se sentir assim.

Duoc iria embora, para bem longe, e mesmo assim agia como se nada estivesse acontecendo. Azriel não conseguia entender o hyberniano, mas entendia menos ainda o porquê de Lucien estar fazendo isso com ele.

Azriel era um tolo. Sabia que o macho não largaria tudo depois de terem dormido juntos, mas não esperava que o príncipe fosse procurar outro, horas depois. Ele não tinha sido o suficiente?

-Pare a carruagem –Nestha comandou.

O illyriano sentia uma enorme ânsia, estava enjoado e enojado consigo mesmo a cada toque trocado entre o bastardo e a putinha hyberniana.

Ódio esquentava seus olhos de dentro para fora. Mesmo que olhasse para a janela, o vidro refletia a imagem dos dois.

-Az –a fêmea chamou calmamente. -Ande um pouco, parece enjoado.

O macho saiu da carruagem sem nem olhar para onde pisava. O vômito veio quase instantaneamente e, se aquele líquido nojento pudesse falar, xingaria o ruivo em todos os idiomas possíveis, como todo o resto do corpo do mestre-espião fazia.

O encantador de sombras se encostou em uma árvore, esperando que mais coisas saíssem do seu corpo, mas, antes que pudesse eliminar todo o resto do conteúdo de seu estômago, o príncipe apareceu para lhe entregar um cantil com água.

-Você está bem?

Azriel nunca admitiria sua fraqueza.

-Acho que comi algo estragado.

-Quando chegarmos ao campo, mando fazerem um chá para melhorar isso.

Se o chá não fosse veneno, não funcionaria.

-Vamos, eu te ajudo –murmurou, se inclinando para tocar o braço do encantador de sombras.

O macho se esquivou, marchando na direção da carruagem.

Lucien

-Você é muito confuso! -ele gritou, seguindo Azriel.

Azriel estava muito estranho desde que voltou da cidade com Nestha. Mesmo que tentasse, não conseguiria entender a dualidade do mestre-espião.

O príncipe voltou para o lugar de antes e então percebeu que a fêmea encarava Duoc da mesma maneira que encarava Rhysand. O macho hyberniano, no entanto, não era o grão-senhor e nem tinha a coragem do mesmo, então estava encolhido no banco.

Talvez Nestha de fato tivesse o poder de reduzir pessoas a pó somente com o olhar como Lucien imaginava. Havia uma certa frieza nos olhos azuis.

Azriel sequer havia olhado para Lucien a viagem inteira e, quando a carruagem parou, saiu quase correndo para dentro da residência.