Capítulo 53

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Oii, eu voltei e trago mais uma atualização!

 Dessa vez temos alguns... avanços?

Espero que gostem. Estamos na reta final...

Peço perdão pelos erros ortográficos e de digitação.

Boa leitura! 

Azriel

 O macho acordou em um quarto familiar. Estava na casa da cidade.

Se sentou com dificuldade, sentindo a asa esquerda doer, mas ignorou os fatos que causaram sua dor. Ele se lembrava vagamente do que tinha acontecido, mas sabia que estar na casa de Rhysand e não no chalé era uma péssima notícia.

-Bom dia, Azriel –o tom frio de Rhys o atingiu como uma lâmina.

O macho encarou o irmão, que estava sentado em uma poltrona de couro no canto do cômodo. Forçou um sorriso.

-Não acredito que vamos ter que esconder as facas de você. De novo.

-Não estava fazendo o que você está pensando –a voz saiu raspando sua garganta. Doía.

-Dois milímetros para o lado e teria cortado uma veia principal do seu corpo. Não estava fazendo o que eu estava pensando?

Azriel não sabia que uma veia importante estava lá. Imaginava que eram apenas as insignificantes. As que podem ser cortadas e você ainda assim não morre. Porque o macho com quem dormiu e se parecia com Lucien as tinha cortadas rente às costas.

-Eu não queria morrer. Só queria elas fora –a voz saiu trêmula e falhada.

-Elas? Elas quem?

-As asas. Elas... pesam.

Rhys soltou uma risada sarcástica.

-Quer que eu acredite nisso? Que de repente você, que adora ser illyriano, de repente não quer mais ter suas asas?

Azriel, que encarava os próprios pés debaixo dos cobertores, encarou o irmão. O grão-senhor estava furioso, mas fazia aquela coisa de não demonstrar nada, o que irritava Azriel.

-Cassian adora ser illyriano.

-O quê?

-Cassian adora seu illyriano. Não eu. Eu apenas aceito.

-Pare com isso –o tom de voz do macho foi de deboche.

Azriel se levantou de uma vez da cama, ignorando a dor que se intensificou.

-Eu estou cansado, Rhys, você não acha que eu estou farto de tudo isso? Não de viver, mas de viver a porra da vida que eu tenho?

-O que quer dizer com isso, Az? -seu tom ficou fraco, irritando ainda mais o irmão.

-O que eu quero dizer? Quero dizer que toda vez que eu olho para um espelho eu vejo alguém muitíssimo parecido com o meu pai, com meus irmãos, com todos os machos que pagaram para violar o meu corpo quando eu ainda era um menino. Quando olham para mim, as pessoas querem encostar, querem que eu admita que o tamanho dessas asas equivale a muitas outras coisas. Elas se acham no direito de colocar as mãos em mim como se o meu consentimento não valesse nada. As asas pesam, e isso dói. Minha coluna dói todos os dias desde que eu tomei a droga da poção que me fez ficar livre delas por algumas horinhas. Eu não aguento mais.

-Eu sinto muito que você tenha passado por todas essas experiências, Azriel, mas isso não te dá o direito de fazer isso comigo.

-Fazer o quê com você? Sujar o seu carpete importado de sangue? Da próxima eu me corto do lado de fora, para não sujar sua casa. Não se preocupe –ele gritou, porque não aguentava mais aquele tom condescendente.

Corte de Fogo e Escuridão (Lucien × Azriel)Onde histórias criam vida. Descubra agora