Capítulo 28

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Oii, eu volteie trago mais uma atualização. 

Peço perdão pelos erros ortográficos e de digitação.

Boa leitura!

Lucien

A biblioteca era um lugar calmo, bonito e muito aconchegante, perfeito para passar a tarde. Azriel tinha se trancado no próprio quarto depois do café da manhã do dia anterior, mas isso não era exatamente inesperado.

Lucien tinha um romance em mãos, uma história linda demais para se ler apenas uma vez. Talvez ele soubesse até mesmo dos pontos e vírgulas em cada frase, mas isso não o impediria de reler o livro que conheceu aos quinze anos, o único presente que Darlan conseguiu dar a ele. Mais bonito que a história era o pequeno texto escrito na primeira página, a prova de que Darlan tinha o amado de verdade.

"Querido Lucien,

Não vejo a hora de conversar com você sobre esse livro. Mesmo que só o tenha ouvido, tenho certeza de que sou capaz de rir das suas opiniões controversas sobre tudo, principezinho. Eu amo muito você.

Com amor, Darlan."

Ele não sabia escrever. Nunca teve acesso ao mesmo tipo de educação que Lucien, mas mesmo assim se esforçou para escrever algo. O macho ruivo guardou o presente com muito cuidado durante quatro séculos, apenas para se lembrar da risada dele ou como ele nunca deixou transparecer o seu medo de assumir Lucien como seu namorado.

De vez em quando era bom se lembrar dele. De como tinha sido feliz com ele. Se não tivesse a trava em sua mente naquele tempo, estaria brilhando sempre. Querendo ou não aquele tinha sido o maior de seus relacionamentos, e o melhor, também.

As portas da biblioteca foram empurradas e Lucien fechou o livro com cuidado, se levantando do chão. Esteve deitado no mármore frio por horas, encarando o livro.

-Eu vou ao meu apartamento –Duoc murmurou. -Só queria te avisar.

-Tudo bem. Nos vemos mais tarde?

-Tenho algumas coisas da faculdade a resolver. O semestre já vai começar, sabe? Não sei se posso voltar hoje.

-É sobre o estágio? Eu posso conseguir para você, é só me avisar –ele se aproximou, pondo as mãos na cintura do outro macho.

-Não. Eu quero fazer isso sozinho, você já fez demais em pagar por tudo –ele sorriu, mas era um péssimo mentiroso. O que quer que fosse, não queria Lucien por perto.

-Claro que quer –murmurou. -Vai levar Dahlia?

-Não, ela e Elain saíram pela cidade. Acho que foram comprar joias, estão ficando próximas.

-Por que não me disseram? Eu poderia pagar e...

-Seu irmão as levou –interrompeu. -E não precisa pagar por tudo o que Dahlia e eu compramos, apesar de eu ser eternamente grato a isso.

Lucien sorriu, desistindo de tentar manter Duoc por perto.

-Me avise quando for voltar.

O outro macho suspirou e assentiu, deixando o cômodo. Lucien ficou um tempo encarando a porta, sem saber o que estava fazendo antes de ser interrompido. Decidiu então se sentar no sofá da sacada para encarar a vista da cidade, já que não podia mais sair e caminhar por aquelas ruas.

O formato da cidade era planejado. Havia uma extensa praça bem no centro, luxuosamente ornamentada e de posse pública, onde aconteciam feiras, recitais, aulas gratuitas e alguns festivais em datas importantes. Ao redor dela havia muitas lojas e depois delas é que ficavam as casas e prédios. A organização da cidade era algo impressionante, mas o castelo ficava longe dela, bem no topo de um morro. Ironicamente, o grão-senhor mais espalhafatoso de todos os tempos se mantinha recluso em sua casa, com raras aparições ao público.

Corte de Fogo e Escuridão (Lucien × Azriel)Onde histórias criam vida. Descubra agora