Capítulo 25

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Oii! Eu voltei e trago mais uma atualização!

Hoje temos luriel hehe.

Peço perdão pelos erros de ortografia e digitação.

Boa leitura!

Lucien

Havia quatro dias que se sentia traído. Não saía do quarto durante o período de tempo em que sabia que Helion estava acordado, porque não queria sequer olhar para ele.

Tinha ficado agressivo, entrado em negação, abandonado a rotina que construiu no tempo em que estava morando na Corte Diurna, sentiu raiva, tristeza, se sentiu vazio, mas em momento algum pensou que se sentiria indiferente quanto ao grão-senhor.

Nos dois primeiros dias, tinha quebrado seu quarto por inteiro, não conseguiu comer mais do que duas refeições e chorou até sentir que não conseguia mais soltar lágrimas ou gritos enfurecidos. No começo do terceiro dia, ele percebeu que para Helion não faria diferença, porque agora Lucien estava preso no castelo.

No fim das contas, era Lucien quem estava machucado. Helion continuaria intocado, sorrindo e sendo muito bem cuidado pelos mais de trezentos empregados. O macho ruivo, no entanto, passou quase uma semana pisando nos pedaços de móveis e estilhaços de vidro no que antes era seu quarto.

Era injusto. Ele queria fazer o grão-senhor ouvi-lo, queria fazer com que Helion soubesse que, se Lucien quisesse, sua vida estaria arruinada. Helion contou várias coisas ao filho, coisas tão confidenciais que poderiam arruinar todas as suas relações políticas e familiares, coisas que poderiam humilhá-lo de todas as formas possíveis. Mas Lucien não era daquele jeito, não foi criado para ser vingativo. Eris foi um bom pai para ele, mesmo que não precisasse ser.

Uma batida firme à porta foi o único som no cômodo depois de horas. Lucien sabia quem era pelo barulho de metal batendo no chão, mas mesmo assim decidiu fazer uma pergunta boba.

-Quem é?

Maele suspirou do outro lado da porta.

-Sabe quem é. Me deixe entrar.

-Nunca proibi a sua entrada, Maele. Sabe como abrir uma porta.

A fêmea bufou e empurrou a porta.

-O que fez com esse lugar? -ela franziu a testa, olhando ao redor. -Raiva não combina com você.

-O título de herdeiro também não, mas cá estamos, não é? -ele debochou.

-Não fale assim comigo.

-O que veio fazer aqui?

-Conversar, mas esse lugar está inabitável. Vamos para o meu escritório.

-Desde quando tem um?

-Desde que sou irmã do grão-senhor e ele tem medo de mim. Vamos.

Lucien não teve escolha. Também tinha medo dela.

Havia algumas cartas com o brasão da Corte Outonal espalhadas pela mesa. Lucien se sentou, olhando para os papéis e não para a tia.

-São do seu irmão -Maele murmurou, se sentando. -Ele escreve para Helion desde que aprendeu a escrever. Queria te tirar de lá.

-Ele sabe?

-Sabe.

-Então por que... -ele começou, mas não tinha a intenção de acabar a frase.

-Por que nunca te contou? Helion e Lorna pediram para que ele mantivesse segredo. Sabe, Lucien, por muito tempo eu fui contra a ideia de ter você aqui.

Corte de Fogo e Escuridão (Lucien × Azriel)Onde histórias criam vida. Descubra agora