Don't let me go 2 • Harry Styles

1 | July

Harry me puxou forte pela mão, mas permaneci no lugar, o olhando estranho, enquanto ele tinha o semblante de decepção estampado no rosto.

- Elisabeth! - Ele tentou me dar um sermão. - Está errando de novo. - Soltou minha mão.

- Não estou, essa parte é a segunda, e sou eu quem te puxa. - Bati no braço dele.

- Está errado. - Revirei os olhos.

Fui até a mesinha e peguei os papéis, mostrando para ele em seguida, enquanto só observou e largou a folha, voltando para a posição inicial.

- Diga que estava errado. - Cruzei os braços.

Harry escondeu o riso e negou com a cabeça.

- As letras da folha que mudaram sozinhas. - Eu ri, voltando para ele.
- Ridículo. - Murmurei, mas ele escutou, semicerrou os olhos e mostrou a língua. Uma criança de cinco anos.

Eu não sabia de onde ele havia tirado a ideia de ensaiar comigo, eu não era uma bailarina, e eu demorei bastante para aprender todos aqueles passos complicados que ele usaria, só para poder ensaiar comigo no tempo livre, era algo que o coreografo do clipe pediu á ele, para ensaiar no tempo livre, e em alguns dias ele já estava se saindo muito bem, isso porque ele era o Harry Styles, e enquanto não estivesse bom, não pararia de treinar.

Quem o conhecia poderia dizer muito sobre a mania de querer que seja perfeito, se ele quer algo, então ele ensaia, decora, faz o que for possível para ficar como ele quer, e mesmo que o clipe estivesse previsto para o outro ano, ele tomou as providências para ter tempo de ensaiar no tempo livre.

Na minha opinião, o coreografo se impressionou bastante com o vídeo que eu gravei na academia, segundo ele "tudo o que você toca vira ouro, incrível" Foi o que o Paul Roberts, o coregrafo, disse sobre o vídeo de ensaio dele.

Nós estávamos em uma parte bem complicada para mim, eu precisava segurar ele de alguma forma, geralmente aquele passo seria feito por uma mulher, mas ele era a atração, então ele queria que fosse ele.

- Harry! - Nós caímos no chão e pela milésima vez ele ria sem parar. - Não pode jogar seu peso inteiro, eu não sou gigante igual a você. - E ele só dava de ombros, debochando da minha posição ali.

- Sobre o convite de casamento. - Ele apoiou o corpo nos antebraços, ainda no chão, e eu o fitei imediatamente. - Eu pensei em branco, é claro, clichê, mas... - Ele levantou rápido. - Ninguém vai saber as cores do tema, podíamos fazer uma surpresa, seria legal, não é?

- Por acaso está tentando fazer duas coisas ao mesmo tempo? - Fiquei encarando ele, quase sem respostas.

- Ah...não? - Ele sorriu, tentando me convencer. - Eu posso dançar e falar de casamento ao mesmo tempo, eu sou um homem completo, multi tarefas, você sabe. - Piscou um dos olhos e eu apenas desisti.

- Branco e dourado? - Tentei, ele fez uma careta.
- Talvez branco, e as letras em cobre? - Franzi o cenho e ele deu de ombros. - Todo mundo usa branco e dourado. - Eu o encarei por um momento.
- Branco e preto? - Tentei novamente.
- Muito feio. - Ele fez uma careta e eu ri, não era feio, só era simples.
- Vai ser só branco, nada de cores. - Sorri, uma ideia havia surgido. - Vamos fazer algo diferente.

Ele estava totalmente desconfiado, mas a minha ideia parecia boa, pelo menos na minha mente. Um envelope bege, simples e com as nossas iniciais, as pessoas abririam como se fosse uma carta, e dentro, um convite, mas não de papel, simples, uma placa de vidro com as letras em branco, poderíamos escolher uma fonte bonita, o branco se destacaria no transparente.

- Isso é...genial? - Ele riu alto. - Quantos rins essas placas vão custar? - Ele pensou alto.

- Eu pago os convites. - Tirei o tablet da mão dele.