Don't let me go 2 • Harry Styles

13 | Watermelon sugar

- E essa é a Elisabeth, vinte e quatro horas depois de um watermelon sugar, como se sente? - Deixei o celular próximo a boca dela, mas ela só observou, de mau-humor.

- São sete da manhã, vai catar o que fazer. - Ri, indo atrás dela, a seguindo pelo jardim.

- Eu trabalho, para a sua informação. - Parou na calçada entre os dois lados com grama bem verde e flores. - Então, como é ganhar uma chupada master do noivo? - Levei novamente o celular até ela, mas o modo brusco como o tirou de mim, até me assustou um pouco.

- O que eu já te falei? - Franzi o cenho.

- Sobre falar de sexo...depois do sexo? - Ri, não era aquilo e eu sabia, mas não havia nada que pudesse pagar a visão dela super brava após ser acordada.

- Sobre ficar falando das nossas coisas na rua. - Falou entre dentes. - Depois seus seguranças dão em cima de mim e não sabe por quê.

- Quem anda flertando com você? - Meu semblante mudou.

- Ninguém, seu idiota! - A expressão de raiva. - Para de falar disso, Harry, vai tomar seu banho e ir trabalhar. - Passou por mim, batendo de propósito no meu ombro.

- Não entendi o motivo de estar tão brava. - A segui novamente, a observando jogar pedaços velhos de pães para os pássaros.

- Sai daqui, Harry! - Falou séria.

- Se quiser ficar brava comigo sem motivos... - Dei de ombros, fingindo tristeza.

- Sem motivos? - Me observou incrédula, o semblante ainda de raiva. - Você me acordou às sete da manhã Harry, me acordou. - Repetiu. - E eu só preciso sair às nove, fora que você derramou água em mim e sumiu com meu hidratante facial, e está fingindo que não sabe nada sobre isso. - Falou brava.

- Realmente não sei sobre seu hidratante. - Eu havia perdido.

- Mentiroso! - Me acusou. - Fora a parte que fica falando das nossas coisas íntimas para qualquer um escutar, você é louco? Às vezes acho que tem quinze anos, idiota... - Murmurou a última parte, mas eu escutei, relevando porque sabia que estava com raiva.

- Quanto drama. - Rolei os olhos.

- Harry. - Olhei para ela. - Sai daqui antes que eu te ataque com o pão. - Ri, mas ela permanecia séria. - É sério, estou irritada, não quero falar com você.

Eu saí entre risos, não ia durar muito, era sempre daquela maneira, e em minha defesa, eu sabia que não havia ninguém por perto.

Apesar de o aniversário dela ter sido bem agradável, com toda o nosso almoço e uma tarde ao ar livre, sem ninguém por perto, apenas caminhado, ainda precisava ir trabalhar.

Segunda-feira, e já que a banda estava em Los Angeles, decidi fazer um ensaio, faltava pouco para a turnê e eu ensaiava sempre que podia, gostava de incluir coisas e eles também tinham ideias muito boas, às vezes, melhores que as minhas.

Apesar de estar começando em uma nova turnê, com um novo álbum, eu ainda trabalhava com músicas novas, e havia algo que nunca mudava, Mitch me ajudava, melodias, frases, tudo era válido.

Depois de tanto tempo, uma coisa havia mudado, não era mais uma pressão escrever músicas, porque depois do término da banda, fiquei assustado e pensei "preciso escrever músicas, agora", então fiquei desesperado, houve momentos em que terminamos algumas em três ou quatro horas, eu corria muito contra o tempo, foi quando conheci o Mitch e algumas pessoas que me ajudavam desde a época da banda.

Naquele momento, eu queria escrever por escrever, mostrava algumas ideias e elas eram aprovadas, mas eu tinha tanto tempo que nem sequer me importava. Quando se é alguém que cria coisas, como música, você vive com o sentimento de que as pessoas estão esperando algo novo de você, por isso, sempre que uma ideia surgia eu anotava, não dava para viver com dois álbuns para sempre.