58 | New try

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Não posso negar que acompanhar uma turnê é uma experiência incrível, principalmente nos bastidores, mas nada como estar em casa de novo, em família, comemorando o crescimento da minha marca.

Nem sempre podíamos estar em casa e ter tudo que queríamos, e era por isso que não estávamos, fizemos a pausa na espanha, só um dia, uma noite entre amigos. Harry estava eufórico, apesar de ter ganhando muitas coisas com o terceiro álbum e a turnê ter sido considerada uma das maiores do mundo, ele ainda agia como se estivesse começando uma turnê pela primeira vez.

Para ser sincera, acho que é por isso que tudo sempre foi tão mágico, ele nunca agiu como se fosse um alívio estar terminando um show, e sim pronto para o próximo, agindo como se fosse o primeiro, sempre. Espero que as pessoas que pagaram para ir vê-lo tenham tido essa mesma visão.

Ele conhecia o Jonny e a Andy desde a banda, mas já fazia tempo que não os via, particularmente eu nunca os conheci, mas conseguiram entrar em contado com ele pela equipe e nos convidaram para jantar.

Eles tem um filho lindo de três anos, Jacob, pele morena, como se fosse bronzeado naturalmente, e olhos verdes, uma criança modelo, de se hipnotizar.

A Jade se deu bem com ele, a princípio. Deixamos que brincassem, se interessou pelos carrinhos dele, mas na minha segunda taça de vinho, escutei os gritos da minha bebê.

Gritos desesperados e o choro em seguida, me levantei rápido e fui ver o que era, lancei um olhar para o Harry, dizendo que não precisava se preocupar, eu ia, e Andy foi atrás de mim.

Quando chegamos na sala, os dois estavam em um canto, Jacob pisava forte no chão, e a Jade chorava, tentando empurrá-lo, gritando com ele como se estivessem mesmo em uma briga séria, até que o pegou pelo colarinho, sem jeito, e ele a empurrou com força, a fazendo cair sentada no chão.

Nesse momento, parei de caminhar calmamente e corri até ela, sei que é coisa de criança, mas uma mãe se sente ridiculamente irritada se sua filha apanha do filho dos anfitriões.

- Jacob. - Andy o puxou forte para o lado. - O que está fazendo!?

Ao invés de gritar, preferi usar a calma, não porque queria me comportar como uma mãe modelo, mas porque não queria assustar a bebê, já estava nervosa o suficiente.

- Filha, o que foi? Hun? - Limpei o rosto dela, molhado pelas lágrimas. - Conta para a mamãe o que houve, e eu te ajudo. - Sorri para ela.

- Mãe... - Chorou, e muito, com o rosto vermelho, apontando para o chão.

- Que foi? - Tentei acalmá-la com a voz.

Olhei para o chão e vi...formigas?

Franzi o cenho, algumas correndo loucamente e outras...mortas, claro, Jacob pisou nelas, animais. Animais que a Jade simplesmente sempre amou.

- Oh, amor. - Abracei ela. - Pronto, não precisa ficar triste.

- Mãe...a minha...a minha. - Apontou, soluçando, assenti devagar, para ela se acalmar e continuar. - A fumiga minha. - Chorou. - Machucou. - Chorou mais.

- Oh, meu Deus. - Andy falou. - Elisabeth, me desculpe. - Encarei ela por cima do ombro.

- Tudo bem, é coisa de criança. - Sorri. - Não tem problema. - Olhei para a Jade. - Filha, não tem problema, a gente pode resolver, tá? - Limpei o rosto dela, que assentiu, nervosa. - Olha...vem.

Peguei ela e a coloquei de pé, depois me abaixei e peguei formiga por formiga, colocando todas as mortas na minha mão, um total de onze, e ela foi vendo aquilo e simplesmente se abaixou ao meu lado, sem encostar a bunda no chão, daquele jeito engraçado dela.

Don't let me go 2 • Harry Styles Onde histórias criam vida. Descubra agora