Don't let me go 2 • Harry Styles

16 | Rome

Decidi dispensar qualquer pessoa que estivesse na cozinha, a ideia de cozinhar parecia muito boa, enquanto escutava um podcast sobre controle emocional. Harry havia saído para correr e disse que passaria em algum lugar para falar com Lambert.

Dias depois da nossa discussão, eu ainda continuava preocupada, mas não na mesma proporção, talvez fosse da minha natureza ficar ansiosa com as coisas, mas normal não poderia ser.

Sentia que nem minhas sessões de terapia estavam ajudando, mas já havia escutado mais de uma vez sobre tudo ser questão de processo e que aquele tipo de coisa demorava.

Em menos de um mês eu estaria de volta a Londres, pronta para escutar Lauren falar sobre o projeto secreto do vestido, e eu estava mesmo ansiosa para aquilo, mas era uma ansiedade legal, algo sobre querer ver logo a finalização do vestido.

Escutei batidas na porta dos fundos da cozinha, e Harry estava lá, parado me observando com o cenho franzido, porque ele não entendia o contexto de só escutar pessoas falando e não observá-las.

E eu sempre dizia algo sobre ele ir tomar banho e me deixar em paz, o acusando de só implicar comigo, o que em partes, era verdade.

- Eu tive um sonho essa noite. - Ele disse chegando perto, cabelos molhados e celular em mãos. - E foi louco, ao mesmo tempo legal...

- Que tipo de sonho? - Virei para ele, secando as mãos com um pano de prato.

- Estávamos grávidos. - Franzi o cenho. - E ia ser uma menina, e então você deu a luz na nossa cama. - Fiz uma careta. - É, bem nojento, mas então, do nada, três crianças estavam lá, recém nascidas. - Ele sorria e gesticulava com as mãos.

- Credo! - Praticamente gritei. - Repreende isso agora! - Falei imediatamente.

- Linda... - A fala triste. - Você não quer ter três filhos comigo? - Rolei os olhos, sempre dramático.

- Não de uma vez só, ficou louco? - Perguntei entre risos. - Um de cada vez Haz, meu Deus. - Ele ria, me acompanhando.

- Mas pode significar que vamos ter três filhos, talvez não de uma vez. - Deu de ombros.

- Virou sensitivo? Tipo aquelas pessoas que sonham e as coisas acontecem? - O olhar de tédio sobre mim.

- Porque você sempre faz as coisas que eu falo parecerem idiotas? - Rolei os olhos, não era para ter sido aquele o efeito da frase. - Já pensou se fossem todas mulheres? Meu Deus, eu ia morrer com quatro ao mesmo tempo... - Meus olhos cerrados diziam muito. - Você fica brava e emotiva quando está de tpm, e eu preciso adivinhar o que está sentindo, já pensou nisso multiplicado por quatro?

- Você quem me pediu em casamento, por tanto, aguente. - Ele riu alto, ligando a luz do forno para observar o que estava lá dentro.

- Quando se ama alguém... - Me observou por cima do ombro. - Não tem nada para aguentar, não é uma obrigação. - Piscou um dos olhos em seguida.

E não precisei de nenhum aviso prévio, sabia que aquele seria o assunto da manhã, Harry falando sobre quatro mulheres em casa, estava fazendo para me irritar, mas não funcionaria.

Escutei todas as partes da empolgação dele sobre ir para a Itália, disse que estava preparando coisas legais e combinamos que nossos dez dias lá iriam ser como férias, então eu estava proibida de fazer ou me preocupar com qualquer coisa que fosse trabalho, servia para ele também.

Não estava brincando quando falava que queria fazer tudo o mais rápido possível, as gravações estavam quase acabando, mas teria que voltar em setembro, antes da turnê para refazer gravações e teria uma reunião sobre o projeto e então poderiam assistir partes do filme.