33 | Food, rest and sex

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Uma burocracia até chegar no nosso destino. Um país diferente, obviamente precisaríamos passar por muitas coisas até finalmente chegar na casa alugada.

Mas nada tirava a nossa felicidade, mesmo que tenhamos precisado de treze horas até finalmente pisar no nosso lugar secreto, e aquilo duraria duas semanas.

A coisa toda sobre viagens é que quando chegamos no lugar, pensamos que teremos todo o tempo do mundo, como se passasse devagar, na proporção que queríamos.

Porém, quando acordávamos, de repente já estávamos no nosso quarto dia lá, e então caia a ficha de que o tempo passaria rápido demais.

Sempre fui sonhadora, então não havia percebido aquilo, não ia mentir, queria sim fingir que era tudo um conto de fadas e que nossa viagem nunca iria acabar.

Harry, pelo contrário, sabia a hora de sonhar e a hora de ter os pés no chão, e sabia que nossa viagem passaria rápido demais, por isso nos manteve ocupados durante o dia todo, nosso objetivo era ir para cama apenas por dois motivos. Transar, e dormir.

O lugar era tudo de bom, a ilha que estávamos era uma das únicas habitadas no país, mas o nosso lado era particular, não havia ninguém além de nós, a não ser que quiséssemos algum serviço.

Era uma casa pequena e luxuosa, tinha tudo, uma cozinha branca adorável, uma sala, televisão grande, um quarto com uma vista inteira para o mar, uma varanda, e escadas para ir até o mar se quiséssemos, com guarda-sol, e cadeiras reclináveis e estofadas debaixo de um pergolado.

Eu facilmente me mudaria para lá com ele.

Havia uma sala rodeada de janelas gigantes de vidro, podíamos ver o mar de lá também, e tinha uma banheira gigante bem no meio, e com certeza era um dos meus lugares favoritos.

No nosso quinto dia, acordei antes dele, nove da manhã e Harry ainda dormia perfeitamente, levantei devagar, tirando o braço apoiado na minha cintura.

Ele nunca descansava realmente quando viajávamos, parecia a primeira vez que ele só se preocupava em se alimentar, dormir e fazer amor, por isso decidi deixá-lo dormir. Nem quando estávamos em Boston, com meus pais nos nossos míseros dois ou três dias livres, ele descansava de verdade.

Quando chegamos na casa, ele parecia aliviado, era o momento dele para parar de pensar em gravar músicas, escrever, se preocupar com clipes, com a mídia, ele parecia leve pela primeira vez, porque tinha certeza que éramos apenas eu e ele ali.

Peguei algumas coisas e deixei na bolsa grande de praia, vesti meu biquíni verde musgo, comprei só para viajar, e deixei um bilhete para ele, que com certeza poderia me ver da janela quando acordasse.

Eu não gostava muito de praia, mas aquela me fazia querer ir o tempo todo, a água era uma das mais claras que já vi e eu me sentia segura. Quer dizer, eu veria se um tubarão viesse na minha direção querendo me devorar.

Bronzeador no corpo, meu cabelo preso com um coque bagunçado e peguei um dos óculos dele. Estiquei a toalha na areia e deitei, suspirando o ar da tranquilidade.

Era só eu ali, quando no mundo aquilo seria possível? Se eu quisesse nadar pelada, eu podia, simplesmente.

Ser famoso tinha suas desvantagens, e não ter privacidade era uma delas, obviamente evitaríamos praias públicas, e o problema nem eram os fãs, não nos importávamos de tirar fotos com eles, o problema mesmo eram os paparazzis, porque eles não sabiam o momento de parar, algumas pessoas também não, mas a maioria nos compreendia.

No mundo sempre há pessoas boas e com bom senso, em outras faltava a educação.

Mas ali eu não precisava me preocupar, saia no momento que queria, comia quando queria e ia para o mar quando queria. Uma vida boa demais para durar para sempre.

Don't let me go 2 • Harry Styles Onde histórias criam vida. Descubra agora