68 | I love that

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HARRY

Um escritor, seja lá o tipo que for, nunca para de escrever.

No meu caso, músicas. Ter uma família me proporcionou muito mais inspirações, o que foi incrível e uma descoberta divertida.

Depois que se tem filhos, óbvio que tudo muda, a Jade havia começado a ir para a escola e poucos anos mais tarde o mesmo aconteceria com a Crystal.

Decidi que para manter meu trabalho e acompanhá-las, seria legal que as turnês fossem feitas em tempos mais curtos, estaríamos fora nos recessos da escola, e de volta quando elas precisassem.

A Love On Tour foi a experiência mais legal da minha vida, e foi naquela turnê que aprendi o valor do tempo, que não era uma maratona, mas sim sobre diversão, e a Liz me ajudou demais a ver isso.

Fiquei no escritório durante muito tempo revendo minha agenda e planejando algumas coisas, meus planos eram apresentar tudo para a equipe em alguns meses, e eles até poderiam me ajudar a organizar melhor.

A Jade nunca soube ser silencioso, porque ela pensava que para fechar a porta, por exemplo, precisava empurrar com força, e por isso escutei quando ela entrou.

- Eu já vou ir dormir com você, tá bom? - Falei sem desviar os olhos do notebook, sabia o motivo de ela estar me procurando tão tarde.

- Não é na cama que a gente vai dormir hoje. - A encarei confuso, vendo o sorriso enorme dela.

- Aonde então? - Ela riu, animada, chegando mais perto.

- É lá na sala, pai. - Percebi que estava tentando subir no meu colo, então a ajudei. - Pai, a mamãe fez um acampamento!

- Um acampamento? - Ri, ela assentiu com mais animação ainda. - A sua mãe inventa cada coisa...

- É lá na sala.

Encarei a tela, depois ela, percebi o quanto queria que eu saísse dali. Fechei o notebook e deixei ela no chão, pegou minha mão e me guiou para fora. No mínimo a Elisabeth havia pedido para ela ir me buscar.

Não era uma barraca qualquer, era uma barraca feita de lençóis, com um colchão de casal dentro, e o detalhe mais legal foram os sofás arrastados para poderem segurar os panos, mais de um lençol utilizado.

- É a minha casa essa. - Me contou, muito feliz pelo semblante que fez. - Não pode entrar.

- Não pode? - Franzi o cenho. - Por que não pode?

- Tem que pedir...tem uma palavra. - Levantou o dedo, tentando explicar.

- Uma senha?

- É.

- Hum...mas eu não sei a senha. - Ela riu, chegando perto para sussurrar.

- É bicho. - Sussurrou, me fazendo rir. - Pai, precisa dizer a palavra.

- Ah...bicho! - Ela sorriu.

- Acertou, pai! Agora tem que entrar aqui. - Empurrou parte do lençol, e eu a ajudei nisso.

Uma pessoa de mais de um metro e oitenta não havia sido feita para entrar na tenda dela, mas me esforcei ao máximo, só para ver a Liz rir de mim, inclusive, só fui perceber que estava lá quando entrei.

Ela deitava em parte do colchão e a Crystal ao lado dela, deitado, com a mamadeira em mãos.

- Nossa...a sua casa é muito legal, filha.

- A minha mãe que fez.

- A sua mãe é muito inteligente. - Pisquei para ela. - O que a gente vai fazer na sua casa? - Tentei sentar, mas parte do meu rosto ficava coberto pelo lençol rosa claro.

Don't let me go 2 • Harry Styles Onde histórias criam vida. Descubra agora