Ah não!

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Numa manhã,no inverno,que adivinha?eu odiava,as camadas de roupa em mim,me incomodavam,
mas jamais as tiraria para morrer congelada,estava a andar de bicicleta pelas ruas de Manhattan,
até chegar na mais famosa das cafeterias,uma das maiores de Manhattan e dá minha família,por coincidência,comandada pela senhora Grace Hiverdet,minha mãe.

Depois que eu passasse na cafeteria iria voltar finalmente a universidade,com o meu acidente,fiz aulas,provas,simulados e tudo por computador e era um inferno fazer isso,eu não Suportava mais aquilo,
mas hoje finalmente tudo voltaria ao normal e acho que quase ninguém sabe sobre o meu acidente,além de Harper,minha melhor amiga.

Além de eu ter muito receio de deslocar meu joelho de novo e de fracassar, odiava as pessoas com pena de mim, como se eu fosse morrer,mesmo tendo sentido exatamente isso quando me acidentei.

Me tirando dos meus devaneios, adentro na bela cafeteria com aquele cheiro impregnado de café,penas cumprimento a Kiara,a caixa e logo abro a porta vendo todos com a mão na massa,
literalmente como era recorrente eu estar lá todas as manhãs para falar com a minha mãe,todos me cumprimentaram numa boa,quando vejo minha mãe em minha frente com seu sorrir de sempre,esperando eu abraçá-la e como o esperado eu dou um abraço nela,a lembro das coisas que ela sempre coloca numa agenda e depois esquece de fazer e pego meu café de sempre indo direto pra universidade.

Sempre tive uma relação muito tranquila com a minha mãe,ela não era super protetora,nem brigona e a gente se dava muito bem,já a relação que tenho com meu pai... na verdade nem relação existe,o cara depois que se separou da minha mãe,sumiu do mapa e nunca mais apareceu,
quando ele foi embora eu tinha apenas 2 anos de idade,minha mãe sempre dizia que ele tinha feito uma viagem muito longa  tentando ser a mais convincente  possível,mas eu sabia que aqueles olhos marejados se segurando pra não desabarem,
não poderia ser só porquê ele foi viajar,depois disso a gente foi morar com a minha avó,até a minha mãe ficar melhor e conseguir emprego e se estabilizar,depois de 2 anos,eu e minha mãe nos mudamos e aí a minha mãe assumiu a cafeteria da família que estava falida a alguns anos.

Chegando na universidade já podendo avistar minha melhor amiga,Harper, que batia a porta do armário com força bufando,rio de sua irritação constante com aquele armário e me aproximo ficando atrás dela que logo se vira dando um grito de susto.

— Mais que porra,Madie para de me assustar,já não basta essa droga de armário ter essa porta horrorosa que não fecha,você ainda quase me falece. – Ela reclamava,enquanto eu ria de sua cara,mas ela logo me abraçou e eu retribuio,afinal eu tinha acabado de voltar da minha recuperação e mesmo que Harper tenha me visitado quase todos os dias , ela me abraçou como se não tivesse me visto nesses 4 meses.

— Que drama. – Dizia rindo e me desgrudando do abraço e pegando meus livros no armário.

Mesmo que eu não gostasse muito de abraços, Harper , era uma das únicas pessoas que eu gostava de abraçar e não ficava desconfortável.

— Vai me dizer que não sentiu minha falta? – Ela me encara e coloca as mãos na cintura e eu apenas reviro os olhos concordando com a cabeça. — Você diz isso sobre o meu armário , porque é rica , conserta essa joça em um segundo. – Disse começando a andar para a sala. — Eu imploro , sério, me pede o que quiser , mas conserta a porta do meu armário. – Ela fazia uma careta esquisita e eu ria concordando.

— Eu conserto,se você não ficar babando na Lily,hoje. – Harper era secretamente apaixonada na Lily Paterson,ela é da nossa universidade,mas não do mesmo curso,Lily fazia engenharia , e todas as vezes que Harper via ela na sua roda de amigos só faltava parar o mundo só pra ficar olhando ela , Harper me dava dedo do meio , sussurrando. — Vai se ferrar. – Eu ri e assim fomos pra Sala.

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