Tudo Que Somos

Eu beijei Anthony Oxford

O mesmo diz me deixando completamente sem graça então rio para disfarçar o nervosismo pondo os cabelos que caiam em meu rosto atrás da orelha.

— Não analisarei mais nada,pois agora sou completamente míope. – Digo e o mesmo ri. — Mas você não pode falar nada,assim que eu dei uma de modelo você nem piscou e ainda me beijou hoje mais cedo na faculdade. – Digo e o mesmo passa a mão na nuca.

— Eu não pisquei porque estava concretado.

Concentrado só se for em mim.

— Além de que o beijo sempre esteve no roteiro. – O mesmo diz sorrindo pra mim.

— Só se for no seu roteiro,mas mesmo assim,preciso ir agora, Oxford. – Digo e ele assenti tirando as mãos do bolso e pegando na minha mão me puxando e chocando nossos corpos.

— Tudo bem,só não esqueça de se despedir. – Diz olhando fixo pros meus olhos mordendo os lábios e eu umedeço os meus,suas mãos que estavam na minha agarram na minha cintura com cuidado.

— Sério mesmo? – Indago sussurrando pois estamos perto demais que quase não consigo pensar direito.

— Muito sério. – Fala apertando um pouco minha cintura e eu definitivamente estava ficando sem rumo agora. — Ou se esqueceu que eu disse que lhe agradeceria depois. – Diz fixando seu olhar no meu e eu estremeço.

— Ok. – Murmurro beijando rapidamente sua bochecha tentando me afastar,mas o mesmo passa a mão pela minha nuca afastando meu cabelo e me arrepiando,sinto seu cheiro mais forte que nunca quando ele me puxa de maneira rápida e nossas respirações se misturam de uma forma tão boa que poderia ficar ali para sempre,nossos lábios relam um no outro,quando meu único foco era sua boca convidativa até demais aos meus olhos,então o espaço entre nós acaba e nossas bocas se juntam num selar sutil,era macio e tão bom quanto dá primeira vez vez que aconteceu,mas ao invés de ser só aquilo o beijo se aprofunda e diferente do dia no jogo de basquete,dessa vez eu nem resisto,meu corpo todo está em função daquele beijo e eu estou 100% dedicada a ele,nossas línguas se misturam de um jeito tão bom que chega a viciar e minhas mãos agarram em sua nuca passando por seus cabelos macios grudando neles,o beijo que era lento se intensifica como se estivéssemos desesperados,como se precisássemos daquilo a tanto tempo que não poderíamos esperar nem mais um segundo,ele aperta mais minha cintura e cola mais nossos corpos, pois não parecia o suficiente,minhas unhas passam por sua nuca arrepiando o mesmo e ele agarra em meus cabelos com firmeza e eu honestamente me derreto mais em seus braços,tudo parecia louco de mais quando eu pensava no porque de estar beijando ele,mas eu só queria beijá-lo até ficar sem ar e quando nos separamos por falta de ar,sinto meu coração martelar dentro do peito e nossas respirações ofegantes,olho pro mesmo sem desgrudar dele e ele não expressa nenhuma reação a não ser aquele maldito sorriso ladino quando afasta os cabelos de meu rosto pondo eles atrás da orelha.

— Boa noite,Hiver,obrigada por salvar meu trabalho e não pisar na minha bela bota. – Diz e eu rio me afastando e suas mãos me soltam devagar.

— Boa noite,Oxford e de nada. – Digo indo até a porta de casa e por reflexo olho para trás onde o mesmo ainda me olhava sorrindo,abro a porta de casa e entro vendo minha mãe me encarar.

— Diga o que quiser,mas que despedida,minha filha. – Quando ela diz eu me engasgo com minha própria saliva.

— Eu vou subir. – Digo ignorando a mesma e ela ri.

Quando fecho a porta do meu quarto e olho na janela o carro do mesmo tinha ido embora,então  simplesmente me jogo na cama completamente sem reação.

Eu beijei ele,não importa o quão fosse combinado,nós nos beijamos,sem hesitar e nem sequer se olhar estranho,puta merda,eu beijei Anthony Oxford e foi bom pra cacete.