Tudo Que Somos

Confesse seus sentimentos

Eu o encaro vendo que vou ter que fazer alguma coisa e me levanto junto.

Ele vai até Elle que agora estava comendo alguma coisa na mesa e eu vou até Anthony que mexia no telefone,mas quando ele percebe minha presença,ele desliga o celular me encarando esperando eu dizer algo.

— Vi você falando com Peter,tá dando uma de cupido? – Pergunta e eu rio.

— É,você me conhece. – Digo e ele ri.
— Em troca,eu precisava basicamente me declarar pra você,então só vamos fingir isso. – Digo e ele ri vindo pro meu lado com a cadeira.

— Então,se inspire na minha declaração no jantar com a sua mãe e vai. – Diz me encarando e eu o olho de volta tentando não rir.

— Nossa isso é muito vergonhoso. – Digo ainda o encarando e ele ri concordando. — Tudo bem,como a gente tá a muito tempo junto né,eu acho que nunca falei,mas. – Eu juro que eu tava tentando,mas isso não tava dando nenhum pouco certo.
— Mas é que você sabe né...que eu sou...muito apaixonada por você. – Enquanto eu tentava falar sem rir ou morrer de vergonha Anthony fazia o mesmo enquanto me encarava.
— Tá isso não vai dar certo. – Digo e ele ri concordando e eu olho pra frente da mesa onde Elle abraçando Peter com a caixinha aberta em cima da mesa,o que era um sinal de que ele tinha entregado o presente e ela com certeza tinha gostado.

— Vamos fazer assim...me dá sua mão. – O mesmo diz e eu coloco minha mão na sua,ele beija ela e acaricia sem nenhum motivo,ele me encara sério, mas profundamente e eu faço o mesmo observando cada detalhe mínimo de seus olhos cor-de-mel. — Eu também sou completamente apaixonado por você,sei que a gente não fala muito sobre isso,mas acho que devíamos tentar mais,gosto de ouvir isso da sua boca. – Diz e eu me surpreendo com a encenação do mesmo.

— Eu também. – Digo tentando entrar na dele.

— Tá,mas e se não for o suficiente? – Anthony pergunta mais baixo e eu tento não rir de nervoso,olhando para Elle e Peter que olhava de relance pra gente provavelmente pra saber e é aí que eu tenho a pior ou melhor,depende do que você interpretar,ideia do momento.

Eu encaro o mesmo e o puxo pra qualquer canto daquele salão,onde percebo ser a sala onde guardavam as coisas e a porta era transparente,o que não era muito útil,mas tudo bem.

— Porque me trouxe pra cá? – Diz e eu o encaro.

— Vão pensar que a gente tá se beijando e depois é só sair e continuar normalmente. – Digo e ele assenti.

— É a ideia foi boa. – Diz e eu rio.

— Já disse que tudo que eu faço é bom. – Digo e ele ri revirando os olhos.

— A gente vai ter que ficar quanto tempo aqui? – Pergunta e eu o encaro séria pegando seu pulso e olhando seu relógio.

— Só mais 3,5 minutos. – Digo e ele concorda,quando de repente a gente ouve passos próximo a porta, Anthony me encara provavelmente pensando na opção mais rápida possível tentando raciocinar se isso seria bom,meus olhos pairam sobre seus lábios que estão umedecidos agora e quando avisto seus olhos cor-de-mel olhando para minha boca,percebo que não teria outro jeito,só junto nossos lábios sem muito desespero,ele simplesmente corresponde sem nem hesitar,pondo a mão na minha cintura e me puxando pra ele firme e decisivo,sua língua pede passagem e sem muito esforço ou hesito,eu permito,sua outra mão agarra na minha nuca, aprofunda nosso beijo que de calmo não tinha nada,era intenso, necessitado e talvez desesperado,minhas mãos param em seus ombros subindo para a nuca onde agarro um pouco no seu cabelo macio,a boca dele contra a minha era uma maldita perdição e aquele beijo me causava das piores ou melhores sensações,a confusão de sentimentos que acendia em meu peito,era grande,mas eu com certeza ignoraria tudo isso,a fim de aproveitar aquele beijo,que talvez me custaria muito constrangimento depois,eu não deixaria nada estragar aquele momento,nem que alguém estivesse espiando a gente pela porta transparente,iria continuar focada em sentir seu gosto e aproveitar a necessidade que nós dois parecíamos estar,sinto meu estômago se revirar em sensações estranhas quando o mesmo aperta minha cintura e puxa mais minhas nuca,quando a gente se separa um tanto ofegante o mesmo não me solta,ele me encara e intercala entre meus olhos e meus lábios que estavam praticamente sem o gloss e bem rosados,eu conseguia ver a confusão em seus olhos,e nossos peito subindo e descendo juntamente,sua confusão era a minha,mas jamais admitiria isso,nem a mim mesma.