Orquídeas e B.O

10 2 0
                                    

ALERTA DE GATILHO!!!

Disse numa boa intenção e Anthony sorri bem fraco.

— Eu tinha uns 1 ano de idade meus pais se separaram e aí veio toda história de Elle,que você já sabe,antes da sua mãe morrer ela tava muito doente como já havia dito,mas antes da sua doença,eu tava chorando muito por um problema em casa e ela estava morando com a gente,pois não tinha muito pra onde ir,minha mãe só aceitou,pois ela estava doente e por Elle ser uma criança,enfim,nesse dia que eu chorava,ela me viu e só me abraçou, ficou até eu parar de chorar e depois que eu parei,ela me deu conselho sem nem saber o que era e me fez sentir muito melhor. – Explicou rindo com suas memórias. — Eu abracei ela por vontade própria e ela fez questão de retribuir e nessa época eu me sentia muito triste e tava meio distante do meu pai e da minha mãe,então eu acabei me aproximando muito da mãe de Elle,Rosie,ela era uma ótima pessoa e eu adorava ela e teve um dia que eu peguei uma flor do jarro da professora, porque eu achei bonita e queria que ela visse,aí quando cheguei em casa,ela não tava lá,só ouvi meu pai reclamando de que ela teria que ficar internada e na mesma hora comecei a chorar e minha mãe viu e tentou me acalmar e eu não parava de chorar falando que ela iria morrer e minha mãe negava e depois de umas semanas,ela volta pra casa,mas ela tava muito fraca,ficava bastante de cama,mas eu fiz questão de ir vê-la e mostrei a flor que já estava meio murcha afinal fazia dias,eu disse que era bonita e não sabia o nome e ela riu me explicando que era uma orquídea e que ela tinha diversos significados e que por eu ter dado a orquídea a ela essa flor viraria sua flor favorita e eu fiquei feliz dela ter gostado tanto da flor a torná-la predileta e aí depois de uma semana Rosie ia ao hospital umas 4 vezes por semana e as vezes ela dormia por muito tempo,mal falava com ela. – Disse com um olhar um pouco longe e triste. — Até que um dia,eu estava dormindo e ouvi barulho de sirene, corri até a janela sem entender o porquê do barulho e vi a ambulância,não sabia quem era,mas não era burro e por saber que Rosie estava doente eu corri até a porta a abrindo e meus pais me olhavam em choque e eu vi,eu vi...a Rosie,a ambulância correu com ela e eu queria ir atrás,mas minha mãe não deixou, nesse dia eu perguntei pros meus pais várias vezes do porquê isso está acontecendo,mas minha mãe não respondia só me abraçava e falava pra eu ir dormir,eu acabei pegando no sono e nos dias depois disso eu esperava que Rosie voltasse,pensava que ela passaria algumas semanas de novo no hospital,mas não foi assim,eu perguntava pra minha mãe onde ela estava e a minha mãe cansada de mentir me disse que a Rosie foi descansar pra...sempre. – Disse com a voz meio falha e eu estava perplexa, não sabia que ele tinha uma relação tão próxima a mãe de Elle.

— Eu estava tão triste,eu exigi que me levassem no velório,eu implorei,eu pedi que comprassem orquídeas,ninguém entendeu,mas ela entenderia,eu acho que nunca vou deixar de gostar de orquídeas por isso. – Disse e eu assenti.

— Nossa,não imaginei que tivesse uma relação tão boa com ela,eu sinto muito. – Disse e ele assentiu.

— Acho que deixei tudo triste agora. – Riu e eu discordei.

— Não tem nada triste,é uma boa memória,não o fato de Rosie ter morrido e sim de que você sempre vai lembrar dela com um carinho incrível, isso é muito bonito. – Disse e ele concordou me encarando.

— Mudando de assunto,você e a Elle tem conversado? – Ele pergunta passando as mãos no cabelo os deixando um pouco bagunçados,mas ainda bonitos.

— Não,desde o dia do encontro dela com aquele cara meio doido,a gente não se fala,eu posto fotos e essas coisas e ela só curte,assim como eu também faço com ela.– Expliquei e ele assentiu olhando pro chão.—Parece preocupado, acha que aconteceu algo? – Questionei e ele quase bufa.

— Eu tive uma certa discussão com ela esses dias e ela não tá falando comigo direito,o que não é muito difícil de acontecer,mas dessa vez eu tô ficando preocupado. – Diz e agora ele passava a mão na nuca repetidas vezes.

Tudo Que SomosOnde histórias criam vida. Descubra agora