Reparando muito

7 1 0
                                    

Quando saio de meus devaneios, Anthony está prestes a responder minha mãe. 

— Sim,eu vou,madie me contou no dia que você falou com ela,já está mais que confirmado minha presença. – Diz e minha mãe parece feliz se levantando do sofá e nós fazemos o mesmo.

— Então tudo bem,pode ir,juízo amanhã pra você e a Madie,vou acompanhar toda a competição pela Internet. – Diz e eu rio e Anthony faz o mesmo concordando.

Quando ela se despede mesmo dele,saio com ele pra fora da casa, enquanto sabia que minha mãe espiava,Anthony não pensa muito antes de se aproximar e beijar meus lábios com normalidade,mas antes de um beijo rápido como pensei que seria,ele puxa minha nuca levemente e gruda nossos lábios num beijo demorado que faz meu coração acelerar dentro do peito,quando nossas bocas se desgrudam,encaro seus olhos tão perplexa,mas finjo normalidade enquanto aqueles olhos cor-de-mel não deixavam de me olhar nem por um segundo.

— Tchau,até amanhã. – Diz e eu assinto voltando a respirar, reparando que prendi o ar.

— Até. – Digo entrando e apenas olhando pela janela seu carro sair e logo depois subo com a bolsa, deixando tudo pronto e indo dormir.

[...]

Eu estava atrasada como sempre, mas Anthony e eu fomos correndo direto pra faculdade pegar o ônibus com o resto do pessoal.

Eu me sento com Anthony já que Harper se senta com a Lily atrás da gente e assim nós nos acomodamos, insisti pra Anthony que ficaria na janela e mesmo ele parecendo querer negar,ele não reclama.

A viagem estava super tranquila e eu estava começando a ficar com fome e entediada.

— Entediada? – Pergunta o mesmo e eu assinto cansada de ficar no ônibus.

— Muito,não aguento mais ficar sentada. – Reclamo e ele ri concordando apoiando a cabeça na cadeira do ônibus.

— Bom,já que somos dois,pelo menos vamos comer algo pra não chegar lá morrendo de fome. – Diz o mesmo pegando um pedaço de torta de frutas vermelhas e me oferecendo outro,o que me faz olhar pra ele e rir.

— Não acredito que você trouxe isso pra cá. – Digo pegando a minha torta e a mordendo,ainda chocada por ele ter trago justo algo que eu amo e sou obcecada. — Minha mãe tava com a cafeteria fechada como você conseguiu uma tão parecida? – Pergunto e ele apenas me encara.

— Bom,digamos que eu pedi pra minha sogrinha a receita da torta dela pra fazer pra você,mas ela é muito fiel a tradição de família e sugeriu fazer uma pra eu levar na viagem sem você nem imaginar. – Diz e eu rio em descrença.

— Não sei o que é mais surreal,você tentar fazer a torta da minha mãe ou você ter a audácia de pedir uma receita totalmente confidencial da família. – Digo e ele se fingindo de ofendido pra depois rir.

— Em minha defesa,eu acredito na minha capacidade de fazer uma torta parecida. – Diz e eu rio negando com a cabeça.

— Duvido. – Digo quando ele me encara sério.

— Você sabe o que aconteceu da última vez que você disse essa palavra pra mim....12 a 7. – Diz e eu pego a referência revirando os olhos e rindo.

— Mesmo assim eu quero pagar pra ver. – Digo e ele ri negando com a cabeça.

— Desafio aceito,quando a gente voltar de viagem,vou te levar pra minha casa e fazer uma torta praticamente idêntica a da sua mãe. – Diz e eu rio.

— Tudo bem,de qualquer jeito eu vou comer torta,então tá tudo certo. – Digo e ele revira os olhos.

— Eu realmente tô pensando seriamente em te subornar com torta. – Diz e eu rio.

Tudo Que SomosOnde histórias criam vida. Descubra agora