Capítulo seis

534 47 2
                                    

Se gostarem, votem, comentem e me sigam. Ajuda muito💙

Azriel

O macho estava com uma preguiça enorme. Sua cama parecia era uma tentação.

Ele deu um vislumbre de sorriso ao se lembrar do dia anterior.

Azriel não tinha terminado sua noite em casa. Ele havia passado no apartamento apenas para tomar banho e trocar de roupa. Sem esperar, foi para um bar.

Era um lugar conhecido, que ele sabia que nada vazaria. Az bebeu além da conta. Não que ele fizesse isso sempre, mas algo dentro dele pedia.

Depois de algum tempo, as luzes começaram a incomodar a cabeça. Ia sair em silêncio, mas uma mão feminina segurou o seu ombro. Quando virou, viu um rosto fino, com olhos azuis cinzentos e o cabelo ruivo, mas em uma cor quase artificial.

— Já vai embora? — ela falou com uma doçura de amante.

E era somente isso que ele lembrava.

Azriel havia acordado pelado numa cama macia e com a fêmea dormindo em um dos braços. Ele desenrolou usando suas habilidades de espião e saiu da casa vestindo as peças que encontrou.

Com o peito desnudo, ele atravessou metade da cidade tremendo de frio.

Deitou-se na sua cama e desmaiou. Quando abriu os olhos viu o sol passar pelas cortinas, batendo bem na sua cara. Ele estava com a cabeça doendo, talvez por conta do porre que havia tomado.

Saiu dos lençóis se espreguiçando e esticando as asas. Pareciam que as pobrezinhas tinham sido amassadas.

Não demorou para as sombras aparecerem. Elas pareciam umas pragas e provavelmente vinham dos quintos dos infernos.

Azriel tinha passado muito tempo pensando sobre a pergunta de Gwyn (talvez por culpa da bebida que havia deixado-o inquieto). Por motivos óbvios, ele nunca tinha perguntado para as sombras de onde elas vinham. Elas eram meio rebeldes, mas pontualmente encontravam-o de manhã.

Com o rosto ainda inchado, levantou-se da cama contrariado. Foi ao banheiro e tomou um banho gelado, precisava tirar a ressaca.

A água fria parecia bater na sua pele, mas Az gostava da sensação. Ele faria várias coisas durante o dia e não estava nem um pouco disposto a discussões.

Bufou alto. A tensão em seu corpo parecia não ter saído. E ele não sabia o que fazia isso dentro de si.

*

O vozerio do acampamento era igual um martelo na cabeça do Encantador de sombras.

Sua face estava mais mal-encarada que o comum, seu andar estava mais arrogante que o costume. Mas aquilo não o incomodava.

Azriel apertava os olhos, tudo estava curiosamente bem.

Bem numa escala illyriana, o que queria dizer "nenhuma rebelião à vista".

O acampamento o dava aversão. Ele sentia repulsa até de pisar na terra daquele lugar.

Todos os guerreiros usavam couros lustrosos, parecendo que nunca foram usados e isso era bem provável. Todos da nova leva de machos eram bebês defendidos de todos os lados.

Depois da guerra, muitas crianças perderam a vontade em ser soldado, talvez por ver de perto as consequências. E aquelas crianças cresceram, faziam de tudo para se livrar do alistamento.

Az abriu as asas, aumentando o seu tamanho. Um general se aproximou dele, pisando fazendo muito barulho.
Com prepotência, ele cruzou os braços e olhou para o mesmo canto.

Ele sempre tinha a mesma conversa com os generais. "A geração está fraca", "Eles estão sem motivação" ou variáveis. E ele sempre respondia "forçe-os" ou "puna-os".

O macho saiu, andando em direção à um grupo de crianças e dando um grito.

Azriel odiava isso quando menor. Lembrou-se de um dia em que ele respondeu um superior. Tinha acabado de chegar no acampamento e não sabia das regras. Sendo sincero ele não sabia de nada sobre a vida. O pouco que ele conhecia sobre o mundo exterior era o que sua mãe comentava durante uma hora.

Ele balançou a cabeça, tentando pensar em outra coisa. Sempre que ele pensava sobre sua mãe ficava triste.

Suas sombras pareciam entender suas emoções e estavam mais agitadas. Elas rodopiavam ao seu redor como um redemoinho.

Azriel não tinha mais nada para ver lá. Virou os olhos para o céu, os illyrianos passavam iguais a pássaros, talvez treinando agilidade ou velocidade.

Ele sorriu internamente ao se lembrar de quando era um adolescente e brincava voando atrás dos irmãos, enganando Devlon.

O Encantador de sombras suspirou alto e colocou as mãos na cintura. Já estava na hora dele fazer algo produtivo no dia, como ir ajudar as valquírias.

***

Oioioi tudo bem com vocês?

E do Az festeiro? Kkkkkkkk

Bom fim de semana para vocês💙

Através das suas sombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora