Capítulo cinquenta e quatro

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Gwyneth

Gwyn havia escapado pelas brechas escuras do palácio até o seu quarto. Ela tinha se arrumado e estava ansiosa, andando de um lado para o outro da sala. Gwyneth possuía a chave de casa nas mãos, batendo-as nas palmas. Emie olhava para o chão, evitando o contato visual com qualquer pessoa.

Azriel cavava o chão com os pés e Morrigan ainda não havia aparecido. Eles estavam esperando-a, extasiados com a volta para casa.

Helion havia lhes dado um pequeno discurso, que eles poderiam vir a Corte Diurna quando quisessem, que tinha adorado sua visita. Contudo Emerie ficou calada.

Mor atravessou a porta da sala de entrada, em frente ao portal que dava acesso a rua. Um macacão vermelho solto mexia-se em contato com o vento.

A illyriana se levantou, ficando perto do Encantador. Perguntou se já poderiam ir, ficando contrária a figura da grã-feérica. Azriel concorda, caminhando para o lado de fora. Emerie grudou nele, já dizendo para eles irem juntos. Morrigan se arrastava atrás dos dois, colocando o braço nos ombros da ninfa. Os olhos castanhos da loira seguia-os, com a expressão carrancuda.

A mão da illyriana se acomodou na curva do cotovelo de Az. Torcendo o nariz, Mor adiantou a passada, passando-os.

- Vai querer ir direto para sua casa? - perguntou baixinho.

Gwyn apenas concordou com a cabeça. O abraço foi frouxo e sem nenhum aviso. Elas se teletransportaram, e Gwyneth teve que engolir o grito. Os lugares passaram pela sua visão rapidamente, dando-a vertigem. O ar gelado das montanhas illyrianas se encontraram com a face delicada. A emissária da Corte Noturna se despediu, e com poucas palavras, foi-se embora.

Poucos segundos após a saída brusca, chegam Azriel e a valquíria. Emie deu um sorriso simpático, ajeitando o vestido; agradeceu e andu saltitante até a loja.

- Onde está...

- Deve ter ir ver o Círculo Íntimo, saudades. - respondeu.

Os pés da ruiva pisavam na terra que estavam acostumados. O ambiente tinha cheiro de casa, um cheiro que ela estava sentindo falta.

O sininho da porta soou, anunciando sua entrada. A madeira não bateu, pois Azriel segurou, passando com a passada decidida. Em sua frente, estava Fydell, atrás da bancada, conversando animadamente com um macho. A postura era animalesca, olhos vidrados e cerrados, mãos apoiadas na mesa. A outra parte, acuado, quieto, com a expressão assustada.

- Acabamos por aqui, certo? - perguntou, com o tom de voz másculo e firme.

- Sim, senhor. - disse, escapando assim que pode.

A ninfa pode cheirar a presença de Azriel colada na dela.

- Quando falei que poderia quebrar alguns joelhos, eu estava brincando - descontraiu a illyriana.

- Não brinco em serviço.

Cumprimentou a amiga com um abraço e foi na direção de Gwyneth. O braço de Az se enlaçou na cintura da ruiva, dando a outra mão para Fydell. O aperto foi firme, como se os dois estivessem vendo quem era o mais forte.

- Dai! - falou Emerie, com um gritinho ao ver a garota.

Fyl sorriu para a irmã, colocando as palmas atrás das costas. Olhando o Encantador, Gwyn pode notar que seus ombros relaxaram.

Eles foram apresentados formalmente, o clima de animosidade passou. O macho mostrou as novidades e as cadernetas para a dona da loja. A mão de Azriel afrouxou, mas se fez presente durante toda a visita.

*

O sol já queria se pôr quando o illyriano e sua irmã se despediram.

- Se precisarem de mais alguma coisa, é só me pedirem - disse, com o sorriso indulgente.

Daisy revirou os olhos enquanto deu um beijinho na bochecha da ninfa.

Os dois prepararam e alçaram voo, deixando as valquírias e o Karaokê das Sombras. Emie começou a se afastar, entrando no estabelecimento novamente.

- Não preciso de um guarda-costas, Azriel.

O Encantador torceu o nariz e formou um bico, desaparecendo sem avisar.

Uma risada atrás da porta soou, e Gwyneth balançou a cabeça até a entrada de casa, rindo junto com a amiga.

Através das suas sombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora