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Azriel
A palma repleta de cicatrizes acariciaram o ombro da ninfa. Ele pode ver os dedos finos enlaçados e afundados na pele do monstrengo.
O odor podre exalava do bicho que estava imobilizado pelas sombras. As manchas não estavam nem um pouco dispostas a serem amigáveis e pediam uma ordem de ataque.
Os olhos de Gwyneth arregalaram.
- Sou eu - sussurrou.
Lentamente, a ruiva saiu de cima, continuando calada.
O som que saiu da garganta do Encantador foi gutural, as sombras rodearam a coisa como um furacão, sumindo com ela em segundos.
- Para onde foi? - perguntou Gwyn.
- Para muito longe.
- Se você quiser - disse Helion - Nós resolvemos esse problema.
- Não. Aconteceu com um integrante da minha corte. Eu termino essa história.
Gwyneth finalmente olhou para trás, vendo que os machos se espremiam no pequeno corredor. A imundície pintava em cada canto em seu corpo delicado. Um rastro de sangue escorria em sua bochecha. Instintivamente, Az o limpou com o dedo. Ela respirou fundo, enfiando sua cara no peitoral.
- Quer ir embora? - sussurrou no ouvido da ninfa.
- Já viemos tão longe para abandonar no meio caminho? - disse baixinho.
- Acho bom vocês se decidirem, porque já estou começando a ficar sufocado. - reclamou o Grão-senhor.
Azriel a encarou, pela Mãe, se houvesse algum vestígio de dúvida, ele iria arrastá-la para fora. Mas a sacerdotisa inflou o peito e segurou firme o seu ombro, tampando o machucado.
- Vamos logo, não aguento mais aqui.
*
Helion caminhava como se soubesse a estrada, comportando-se assim durante todo o percurso. Ele os guiava, levando uma pequena tocha nos mãos. Gwyn mancava, apoiando as palmas nas paredes sebosas. Seus ferimentos haviam sido superficiais e um vergão surgia em seu pescoço, aumentando a raiva do Encantador. Ele andava com as asas encolhidas, nas costas, marcando as costas da ninfa. Sua mente jazia acesa para qualquer detalhe, pronto para pegar a adaga.
O corredor estava perto do fim, uma pequena luz escapava. O Grão- Senhor passou os dedos no cabelo ondulado preto. Mexeu na pedra entalhada com o mesmo estilo da anterior. O barulho de coisas pesada sendo arrastada soou firme e Az puxou a cintura da sacerdotisa para si.
- Sabia desse caminho? - perguntou Gwyneth.
- Não. Antes de ser uma biblioteca era um templo. Todas elas. Então a maioria dos esconderijos somente as sacerdotisas conhecem. Mas não achei que a passagem estivesse liberada. Os soldados não deviam saber sobre ela. Não eram daqui. - respondeu.
Azriel agradeceu internamente a burrice dos guardas. O cheiro de ferro exalou pelo ambiente e o cômodo ampliou-se. Finalmente podendo esticar seus músculos. O odor de umidade e de bolor encheu o nariz e teve que se controlar para não ter uma crise de espirro. Gwyn deu uma fundada e torceu a cara. A garganta do macho se fechou e ele começou a tossir. O ar era denso, quase irrespirável.
- Será que a destruição afetou o feitiço? - Helion disse retoricamente.
O Encantador de Sombras explorava com cuidado, deixando suas subordinadas irem na frente. As negras entraram pelos corredores fechados de estantes decadentes. As madeiras podres exalavam e era visível que se existisse mais uma força elas desabariam. As paredes eram destacadas com um verde lodo Az censurou as manchas para que se mantivessem próximas, mas semelhantes a criança teimosas, elas o ignoraram e escorreram a diante. As sobrancelhas do illyriano se juntaram quando, de repente, elas desapareceram. Ele chamou, porém apenas uma voltou, a mesma xereta que o perturbava.
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Através das suas sombras
FanficAzriel sempre observava Gwyn durante os treinos e a ninfa sempre falava amigavelmente com o encantador de sombras. Em um dia, após uma conversa, eles se desentenderam, prometeram a si mesmos a não aturarem um ao outro. Contudo, a ausência do outro a...