Capítulo quarenta e três

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Gwyneth

A ninfa observava com carinho a amiga. Mais uma vez Emerie passava o dia no quarto da ruiva. Ela estava com os olhos fechados, aproveitando o toque da serva. Todo ambiente estava sendo iluminado pela luz da manhã, graciosamente pousando cada objeto.

A illyriana jazia sentada na poltrona confortável, em frente a cama. A feérica mexia nos cabelos com cuidado, separando os "quadradinhos" e começando a trançá-los. O penteado era típico daquela região, e a empregada incentivou Emie a fazê-lo.

Gwyneth admirava a cena, a forma como as mãos ágeis trabalhavam sem parar. Ela havia se disponibilizado para ajudá-la, mas a fêmea negou veementemente. As tranças tinham alguns fios soltos e eram presas por rodelas douradas nas pontas.

- Falou com Helion? - perguntou para a amiga.

- Ainda não. Nem sei se quero. - disse rouca e levemente sonolenta. - Acho que nem saberia voar mais.

- Talvez...

- Não vai voltar, Berdara. - confessou cansada - No máximo iria amenizar a dor, elas nunca vão ser funcionais.

O lábio inferior da sacerdotisa tremeu, ela se sentia mal; sentia-se péssima por não conseguir auxiliá-la.

- Se me olhar com essa cara de novo, Ruivinha... - ameaçou, mostrando a língua rapidamente.

Gwyn pega o livro que estava ao se lado, ignorando propositalmente a valquíria. Ela havia passado novamente na biblioteca, mas não encontrou Julki em lugar nenhum. Terminou meia dúzia dos documentos, não poupando de anotar detalhes. Porém , sempre ficavam presos em uma etapa, o feérico antigo. Se sentiu uma criança quando foi para o setor da alfabetização. Aprendeu em várias palavras soltas, escrevendo tudo em um caderno, fazendo-o de dicionário.

Gwyneth não era burra, então tratou de pesquisar ainda mais sobre os caminhos. Não era algo muito secreto como a sacerdotisa quis deixar parecer, sendo relatado por várias fêmeas que atuaram no local.

A porta do quarto foi aberta de supetão, assustando a illyriana, que xingou baixinho. O macho alado passou com a prepotência de sempre, o nariz quase tocando o teto. Cumprimentou com a cabeça e foi na direção da feérica. Ele usava a típica roupa illyriana, com uma camisa que marcava todos os músculos de um jeito delicioso.

Azriel flexionou os braços, parando em sua frente e virando o rosto, encarando-a como um animal confuso.

- Demorou para chegar.

- Está me espionando agora?

Az cerrou os lumes, limitando a apenas vê-la se aprumar.

- Pelo menos antes eles tinham decência - Emie murmurou, revirando os olhos.

Ela levantou, sendo seguida pela serva que continuou trançando. Andou e saiu do recinto sem falar nada.

O illyriano elevou a sobrancelha, vendo a cena.

- O que foi?

- Ignora.

- Ainda não respondeu a pergunta. - a ninfa apertou os lábios, segurando a risada. - Não vai arrumar o cabelo também?

- Não achei que precisasse.

- Não precisa mesmo. Está sempre linda. - sua voz ressoou, fazendo os ossos dela derreterem.

Os lumes castanhos brilharam com desejo, acompanhados de um sorriso ladino. Ele empurrou-a para deitá-la no colchão. As pernas da ninfa continuaram arqueadas, espaçadas. Azriel se encaixou no meio. Abaixou-se, roçando o nariz no pescoço. Gwyn ergueu o corpo, colocando a mão dentro da blusa.

Através das suas sombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora