Capítulo sessenta e dois

193 16 8
                                    

Se gostar, vote, comente, compartilhe e siga <3

Gwyneth

Emerie e Gwyneth acordaram antes do sol aparecer. O quarto aparentava ser diferente de dia. As paredes de tons quentes e os móveis bem feitos contrastavam com a noite fria.

A ninfa e a illyriana não queriam incomodar, então começaram a se arrumar para ir embora cedo. Ao olhar para cada canto daquela mansão imaginava que uma sombra de Azriel poderia estar à espreita. Não era um pensamento totalmente irracional, porém impedia a ruiva de respirar direito.

Após tomar seu banho, Gwyn foi em frente ao espelho. Seus olhos estavam inchados, sua cara amassada e ela irritada. A sacerdotisa secou sua face com raiva, ela iria ter mudar essa melancolia de qualquer jeito. O pensar, contudo, foi o causador de suas íris mudarem para a cor azul por alguns instantes.

A ruiva sentou-se na cama, esperando a amiga ficar pronta. Mexeu no vestido azul, tentando não marcá-lo.

Já era a hora da ninfa colocar seu plano em prática e começaria o mais rápido possível.

*

Os passos eram ligeiros, andando destemida para o destino. A sala do Grão-Senhor era um ambiente suntuoso até mesmo do lado de fora. Ela ficou parada por alguns segundos, planejando o que diria.

Entretanto, Gwyneth já estava decidida. Deu três toques na porta e esperou.

O Grão-Senhor apareceu, com uma expressão surpresa. Murmurou algo como tinha de ser de fora para bater na porta, mas a ruiva não podia afirmar com certeza. Ele ofereceu a cadeira para que ela se sentasse, e se acomodou em sua poltrona.

Ela podia sentir suas bochechas queimarem de vergonha. Gwyn gaguejou antes de começar a falar.

— O senhor está ciente da pesquisa que estamos nos empenhando. Ela poderá ajudar...

— Eu já sei de toda essa propaganda, senhorita. Pode pedir, Gwyneth.

— Teríamos que conseguir alguns livros e precisamos da confirmação das Grã-Sacerdotisas.

— Podem trazê-los, tanto os livros quanto as sacerdotisas.

— São sentimentais. As Grã-Sacerdotisas, não os livros. Digamos que elas não gostam muito de serem tiradas do seu local de conforto.

— Elas são insuportáveis. — os olhos da ninfa se arregalaram. — A senhorita é uma sacerdotisa, certo?

— Pelo menos fui há um bom tempo. — Murmurou.

— Acho que, acima de tudo, você deve saber como tratá-las.

Ela apenas balançou a cabeça em concordância.

— Vai precisar de uma procuração, imagino.

Ele se abaixou para buscar papel e tinta na gaveta, dando tempo para a ninfa analisá-lo. Rhysand exalava imponência. E estava com o cabelo bem asseado, roupas de corte bem encaixado.

Ele escreveu meia dúzia de palavras e entregou a carta.

— Vai embora com a illyriana?

— Estávamos planejando, porém se achar melhor posso ir direto para o templo das Grã-Sacerdotisas.

— Então está acertado. Pegue suas malas e vá, Gwyneth!

Gwyn não teve tempo para reclamar que não tinha roupas ali, o Grão-Senhor abriu a porta para que ela passasse, e a ninfa atravessou sem fazer contato visual.

Através das suas sombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora