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Azriel
O Encantador acordou no meio da noite, sentindo um calor no seu tronco. Um pequeno pacotinho estava abraçada nele firmemente.
Azriel piscou lentamente, entendendo que onde estava. O escuro da noite preenchia o quarto, dando visão de poucos pés.
Ela se mexia, parecia inquieta. Sua respiração era entrecortada, como se Gwyneth estivesse sendo sufocada, suava frio.
- Ruivinha - chamou, balançando-a.
Parecia se desesperar ainda mais.
- Gwyn!
Os olhos azuis se abriram, destoando do ambiente. Eles se encheram d'água, juntos com um biquinho, igual a uma criança triste.
- O que foi? O que aconteceu? - sua voz grossa se suavizava, tornando-se o mais delicada possível.
- Eles iam me matar - o tom choroso se misturava com os tremidos.
Ele a puxou para perto, apertando-a contra o peito.
- Ninguém vai se quer encostar o dedo em você. - garantiu.
Encarou-a, esperando-a começar. Encostou testa com testa, aproveitando para sentir a respiração. Pegou a mão dela e colocou-a no peito, pondo a sua também.
- Ninguém vai encostar em você - repetiu.
Gwyneth parecia estar em transe, ainda não saindo do sonho. Não demorou muito para que pegasse no sono novamente, apoiada no corpo dele. Azriel adentrou os cabelos ruivos, acariciando-os com os dedos.
Quando teve certeza que ela havia adormecido, acomodou-a entre os travesseiros, deu um selar em sua bochecha e saiu sem nenhum barulho.
- Boa noite, Gwyn - sussurrou, mesmo sabendo que não seria ouvido.
*
Gwyneth
A ninfa acordou com o sol da manhã batendo em sua face. Com os olhos fechados, tateou o outro lado da cama, vendo-o vazio.
Estava gelado, Az havia ido embora faziam horas.
Um aperto dilacerou o seu peito, revirando-o por dentro. Ele não fez questão de conversar com ela.
O que Gwyneth tinha feito?
Havia se entregado como uma devassa. Azriel.... deveria ter aproveitado e ido embora. Como foi burra!
Sua garganta se tampou, impossibilitando a respiração e seus olhos se encheram de água.
Lembrou-se do frio da pedra de celibato que repousava em sua testa, há poucas décadas. O gelado era igual ao que estava agora em sua cama. Para dizer a verdade, o gelado atual era pior, pois mexia em seu íntimo.
Cobrindo o corpo nu com o lençol, puxou as pernas em direção ao tronco. Olhando para frente, percebeu que estava sozinha. Mesmo o sol da Corte Diurna não clarearia a escuridão que lhe perturbava a mente.
Seu corpo tremia enquanto as lágrimas escorriam pelo delicado rosto da ninfa. O som de seu sofrimento reassoaram pelas quatro paredes do cômodo.
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Através das suas sombras
FanficAzriel sempre observava Gwyn durante os treinos e a ninfa sempre falava amigavelmente com o encantador de sombras. Em um dia, após uma conversa, eles se desentenderam, prometeram a si mesmos a não aturarem um ao outro. Contudo, a ausência do outro a...