Capítulo trinta e sete

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Azriel

O Encantador acordou no meio da noite, sentindo um calor no seu tronco. Um pequeno pacotinho estava abraçada nele firmemente.

Azriel piscou lentamente, entendendo que onde estava. O escuro da noite preenchia o quarto, dando visão de poucos pés.

Ela se mexia, parecia inquieta. Sua respiração era entrecortada, como se Gwyneth estivesse sendo sufocada, suava frio.

- Ruivinha - chamou, balançando-a.

Parecia se desesperar ainda mais.

- Gwyn!

Os olhos azuis se abriram, destoando do ambiente. Eles se encheram d'água, juntos com um biquinho, igual a uma criança triste.

- O que foi? O que aconteceu? - sua voz grossa se suavizava, tornando-se o mais delicada possível.

- Eles iam me matar - o tom choroso se misturava com os tremidos.

Ele a puxou para perto, apertando-a contra o peito.

- Ninguém vai se quer encostar o dedo em você. - garantiu.

Encarou-a, esperando-a começar. Encostou testa com testa, aproveitando para sentir a respiração. Pegou a mão dela e colocou-a no peito, pondo a sua também.

- Ninguém vai encostar em você - repetiu.

Gwyneth parecia estar em transe, ainda não saindo do sonho. Não demorou muito para que pegasse no sono novamente, apoiada no corpo dele. Azriel adentrou os cabelos ruivos, acariciando-os com os dedos.

Quando teve certeza que ela havia adormecido, acomodou-a entre os travesseiros, deu um selar em sua bochecha e saiu sem nenhum barulho.

- Boa noite, Gwyn - sussurrou, mesmo sabendo que não seria ouvido.

*

Gwyneth

A ninfa acordou com o sol da manhã batendo em sua face. Com os olhos fechados, tateou o outro lado da cama, vendo-o vazio.

Estava gelado, Az havia ido embora faziam horas.

Um aperto dilacerou o seu peito, revirando-o por dentro. Ele não fez questão de conversar com ela.

O que Gwyneth tinha feito?

Havia se entregado como uma devassa. Azriel.... deveria ter aproveitado e ido embora. Como foi burra!

Sua garganta se tampou, impossibilitando a respiração e seus olhos se encheram de água.

Lembrou-se do frio da pedra de celibato que repousava em sua testa, há poucas décadas. O gelado era igual ao que estava agora em sua cama. Para dizer a verdade, o gelado atual era pior, pois mexia em seu íntimo.

Cobrindo o corpo nu com o lençol, puxou as pernas em direção ao tronco. Olhando para frente, percebeu que estava sozinha. Mesmo o sol da Corte Diurna não clarearia a escuridão que lhe perturbava a mente.

Seu corpo tremia enquanto as lágrimas escorriam pelo delicado rosto da ninfa. O som de seu sofrimento reassoaram pelas quatro paredes do cômodo.

Através das suas sombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora