Capítulo cinquenta e nove: segunda parte

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Gwyneth

O choro entalado lutava bravamente para sair. A face da ninfa ardia, ruborescendo.

As valquírias haviam acompanhado-a pelo corredor, massageando suas costas e falando com palavras suaves, tentando acalmá-la. Porém toda aquela atenção fazia-a querer colocar tudo para fora.

Gwyneth se sentia como uma criança que se machucou em seu brinquedo favorito. Um recém acidentado que precisava de uma maca para descansar.

As inúmeras paredes da mansão pareciam a mesma em sua visão turva. As luzes amarelas contrastando com a noite lhe davam dor de cabeça.

Por fim, chegou a um ambiente conhecido, o quarto de Nestha. Ness abriu a porta rapidamente, dando entrada para a illyriana, que ainda acariciava a amiga.

Aconchegaram-na na cama macia, dividindo o espaço ao redor dela. Os ombros da ruiva desabaram junto com um grande suspiro.

O calor das duas valquírias eram o lar de Gwyn. Como chegar em casa e descansar depois de um dia exaustivo de trabalho.

Emerie e Ness puxaram um cobertor branco de tecido grosso e ficaram-na observando.

A ninfa se deitou com a barriga para cima, com as mãos entrelaçadas sobre o colo.

Um beicinho apareceu discretamente.

Logo depois, as respirações entrecortadas.

Por último, escorreram as lágrimas delatoras; que começaram rasas e lentas, porém trataram de aumentar a quantidade.

As palmas de Emie passeavam pelo rosto da ninfa, tentando acalmá-la. Nestha, por sua vez, apenas olhava, paciente.

- Me desculpa. - a sacerdotisa pediu sussurrando.

- Pelo o que? - indagou a loira.

- Pela cena no corredor. Eu não sou assim.

- Sei que não é.

O corpo de Gwyneth chacoalhava com os soluços.

- Também sei que tem haver com o que iria me contar amanhã. Certo?

A ruiva apenas balançou a cabeça.

- Se mentir agora, estará mentindo para si mesma. Sabe disso?

Novamente, a ninfa não disse uma só palavra.

- Se abra para nós, Gwyn. Nós só queremos o seu bem.

Os olhos pretos andaram pelo dossel. Ela pensava se valia realmente a pena contar tudo. Não duvidando de Nestha ou de Emerie, mas de si própria.

Sem virar para nenhuma das duas, Gwyneth começou a falar. Seus pensamentos se organizavam conforme ela dizia. Suas lágrimas se cessaram, sendo trocada pelos risinhos das valquírias. Sim, pois enquanto Gwyn descrevia as situações, aquela típica histeria de quando suas amigas escutam algum assunto amoroso corria solta. Gritinhos animados e sons levemente ofendidos.

Através das suas sombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora