O garoto pulou em cima dos prédios, parando perto do parapeito. Os cachos voando contra o vento e seu pescoço dolorido.
Se sentou no parapeito, deixando as pernas livres. Sua mão passou pelo o local dolorido.
Ele sabia que não irei ser fácil, Five era experiente. Nathaniel era de elite. Os dois com tamanha inteligência.
Todavia, o Hargreeves tinha vantagem.
Subiu seu olhar para o céu, tão escuro, mas coberto de estrelas. Se perguntava quando tempo isso iria durar.
O garoto observou, até sentir uma presença atrás de si.
— Você falhou — disse ela.
Neil não precisou se virar, ele não dava a mínima de qualquer maneira.
— Fiz o que pude — respondeu o garoto.
— Não o suficiente — retrucou a garota de cabelos curtos.
— Nunca é.
Ele voltou seu olhar para baixo, suas pernas balançando contra o nada.
— Ela vai mandar reforço, Nate — disse.
— Obviamente vai, aquela mulher não perde uma — respondeu. — Eu vou tentar amanhã, outra vez.
— Hazel e Cha-Cha estarão aqui em breve — a garota disse com um sorriso. — Os dois são bastantes idiotas, então não vai ser difícil de fugir deles.
Nathaniel deu um sorrisinho.
— Eu sei.
[...]
Vânia saiu do quarto, depois de tentar falar com Cinco. Que apenas mentiu sobre o "fim do mundo" não ser real.
Logo depois, Klaus saiu do guarda-roupa. Estava escondido.
— É tão... comovente, a conversa sobre a família, o pai e o tempo! — disse o mais velho, derrubando tudo no armário.
— Cala a boca? Ela vai te ouvir — disse o garoto.
— Estou úmido.
— Não disse para vestir roupa profissional? — perguntou.
Klaus olhou para si.
— Está é a minha melhor roupa — falou.
Five revirou os olhos.
— Vamos ver o armário do velhote — saiu do quarto.
— Desde que me pague — o outro logo o seguiu.
— Quando o trabalho estiver feito — disse, com as mãos nos bolsos.
— Só para classificar os pequenos detalhes, só tenho de entrar no tal lugar e fingir que sou teu paizinho querido, certo? — Klaus recapitulou.
— Sim. Algo do gênero.
— Qual é a nossa história? — perguntou o maior.
— O que?
— Era muito jovem quando te tive? Assim, aos 16 anos, jovem e tremendamente mal-orientado? — disse, pondo as mãos no peito em pena. — Pode ser.
Five apenas olhava para Klaus com dúvida, pensando seriamente em desistir do plano.
— A tua mãe, aquela vadia — disse com ódio, entrando na encenação. — Seja lá quem ela for, nos conhecemos numa discoteca. Pode ser? Se lembra disso.
Klaus estalou os dedos.
— Oh, meu Deus. O sexo era fantástico — disse o maior.
— Que vislumbre perturbador disso que chama de cérebro — Cinco disse.