ATRAÇÕES DE BEIRA DE ESTRADA ADIANTE-
Klaus suspirou, pela a décima terceira vez naquele dia.
— Na verdade, isso não é tão ruim — comentou Five.
— Viu? Eu te falei? — respondeu Klaus, no banco de trás.
Nathaniel revirou os olhos, mantendo o cotovelo apoiado na janela do carro.
Theo estava no banco de trás, brincando com soldadinhos.
— Se parar pra pensar, durante minha vida todo fui pressionado — Five continuou. — Missões pro papai, trabalhei pra comissão, tentei sobreviver ao apocalipse... Eu sempre tive que tomar cuidado em cada esquina, esperando sempre pelo pior.
Nathaniel acariciou a frente da mão do namorado, que estava em sua coxa.
— É bom relaxar um pouco.
— Isso é ótimo, cara — concordou Klaus. — A aposentadoria vai te fazer bem. Pra vocês dois, no caso.
O Bloom olhou pelo retrovisor, desconfiado.
— O que tá tentando dizer? — perguntou Nate.
Klaus não respondeu, apenas apontou para o pescoço do garoto. A parte em que a gola não cobria.
Nathaniel se ajeitou no banco, virando o retrovisor para si, tentando ver a maldita marca.
E quando a achou, ele bebeu um pouco de água na garrafa.
— Foi um mosquito — retrucou.
— Parece que ele te chupou tanto quanto eu fui chupado na vida — argumentou.
E Nathaniel se engasgou com água, batendo no peito para que voltasse a respirar.
— Como assim? — perguntou Theo, voltando seu olhar para os três.
— Nada! — respondeu Nate.
Seu olhar caiu sobre Five, que entendeu o recado e tratou de mudar de assunto.
— Ah! É... Beleza — respondeu Cinco. — Olha só, eu marquei todas as atrações de beira de estrada no caminho.
— Não sei se vai dar tempo — começou Klaus.
E Nate o olhou, tentando entender a situação.
— Tem a moeda de Brownsville — comentou Cinco.
— Chato — disse Theo.
— Ótimo! Então eu acho que podemos te jogar pra fora do carro — argumentou Five.
— Qualquer lugar em que você não estiver, eu estou ótimo! — respondeu Theo, fazendo careta.
— Eu posso dar um jeito nisso — Cinco virou, e Nathaniel se desesperou.
— O volante, fica de olho no volante — disse o Bloom mais velho.
— Também tem a Padaria do Ricky, tem tortas premiadas — continuou Five, depois de volta para frente.
— Olha, se deixar eu explicar... — tentou Klaus.
— Ou tem esse círculo de vacas — continuou o outro Hargreeves. — Tem muita coisa bacana pra fazer.
— Cala a boca um pouco, tá bom? — pediu Klaus. — Rapidinho, tá?
— Tá bom. Eu sou todo ouvidos.
— Nós vamos pra Pensilvânia pra achar... a minha mãe biológica. Ê! — respondeu Klaus.
— O que disse? — perguntou Nate, ajeitando as pernas no banco do carro.
— Foi mal, foi mal. Eu só precisava que alguém viesse me dar apoio emocional — se desculpou Klaus.