Diego gruniu, com um pouco de dificuldade ao colocar Klaus — enrolado no tapete — apoiado na parede.
— Você têm certeza que a gente não pode queimar as provas? — perguntou Stan, acendendo um isqueiro. — Um pouquinho de fogo do Sr. Isqueiro aqui e...
— Me dá isso, minipsicopata! — o mais velho retirou o objeto do garoto.
Theo ficou quieto, apenas olhando para o corpo de Klaus. Estava começando a gostar dele, e Stan o matou.
Era uma pena.
— A gente não vai queimar nada, vamos conversar com a família juntos — disse Diego. — E eles vão entender que isso foi um acidente. Aí! Não importa o que aconteça, eu tô contigo, tá? — gruniu quando o corpo do irmão quase caiu. — Tu eres mi sangre.
— Eu ainda não falo espanhol — reclamou o garoto.
— Significa, "Você é meu sangue." — respondeu Theo, os outros dois o olharam. Interrogativos. — Que foi? Neil me fez aprender.
Diego assentiu, jogando o isqueiro de volta para Stan.
— E eu aceito seus defeitos, tá? — terminou Diego.
— Todos eles? — perguntou Theo.
O homem riu, logo grunhido pelo o peso do corpo.
— Agora... — disse, quando o elevador abriu. — Deixa, deixa. Abre a porta ali vai.
— Não... — retrucou Stan.
— Gente... — chamou Theo, olhando para o velho que tinha acabado de sair do elevador.
— Não fica parado — respondeu Diego, ainda não olhando para o recém chegado. — Fica perto da...
— Gente... — tentou.
— Tá bom — respondeu Stan.
— Gente! — gritou, e os dois olharam de uma vez. Notando o senhor de idade, que ficava na recepção do hotel.
Stanley riu, sem jeito.
— Opa. A gente tá... jogando um jogo — disse Diego.
Theo revirou os olhos, discretamente. Era a mentira mais merda que ele ouviu naquele dia.
— E como se chama? — perguntou o recepcionista.
— Cara no tapete — respondeu Diego.
— Uhum.
— Espero que vocês vençam — e saiu.
— Que mentira mais merda — comentou Theo.
— Calado! — respondeu Diego. — Segura a porta aí!
Stan o fez, e o Bloom entrou logo no elevador.
— O Klaus tava certo. Eu amo esse lugar — comentou o mais velho, entrando no pequeno espaço.
Ele colocou Klaus apoiado na parede do elevador, grunhido em dificuldade.
— A cabeça? — perguntou Stan.
— Tá bom. Peguem a cabeça — disse Diego.
— Eu não — respondeu Theo, não foi ele que tinha matado o pobre coitado do Hargreeves. Não seria ele que ia fazer algo.
— Eu faço — disse Stanley, pegando a cabeça de Klaus.
— Ajeita o cabelo. Aperta o botão — pediu Diego. E o Bloom teve a bondade de apertar o botão. — Pro térreo, T. Isso aí.
E a porta fechou.
E os três suspiram, cansados de tudo aquilo.
Tudo estava calmo, por um segundo. Já no outro, teve uma movimentação no tapete. Klaus tinha acabado de levantar a cabeça, puxando o ar.