HOTEL OBSIDIAN-
Diego, Stanley e Theo estavam parados a um bom tempo em frente do hotel. Sem fazer absolutamente nada.
O mais velho cruzou os braços, Stan copiou o movimento. E o Bloom revirou os olhos, achando tudo um tédio.
Deveria ter ido com Neil.
— O que você tá fazendo? — perguntou Diego.
— O que você tá fazendo? — retrucou Stan.
— O que nós estamos fazendo? — perguntou Theo, tentando não surtar.
— Checando a segurança — respondeu Diego. — Os inimigos podem atacar de qualquer lugar.
— Chocante — ironizou Theo.
— Maneiro — comentou Stanley.
— Não gostei do seu tom de voz! — Diego disse para Theo, o garoto deu língua. Confrontando. — E não, não é maneiro. Beleza? — voltou para o outro. — Mas, pra sorte de todos, eu tô aqui.
Os três começaram a andar.
— O truque é estar preparado — comentou o meis velho. — Agora, preciso que fiquem longe do hotel por algumas horas, tá legal? Não é seguro.
— Não, não tá nada legal! — Theo exclamou. — Minha coluna dói!
— Você é tão irritando quanto seu irmão — respondeu. — Aqui! Vão comprar uns donuts — pegou dinheiro de sua carteira.
— Eu sou alérgico a donuts — disse Stan.
— Como assim alérgico a donuts? — perguntou Diego, surpreso.
— Não importa, eu aceito o dinheiro no lugar dele! — Theo comentou, sorrindo em simpatia.
— Você, quieto! — disse para Theo, o garoto bufou. — Odeia diversão também? — perguntou, para Stan.
— É o glúten, babaca! — Stanley retrucou.
— Olha a boca! — repreendeu Diego.
E Theo o imitou, fazendo Stanley rir. O mais velho se virou, e o Bloom fez sua melhor cara de paisagem. Olhando para a rua.
— Para de tentar se livrar de mim. Todo mundo tenta fazer isso — Stanley respondeu a Diego.
— Pelo menos tenta ser menos chato — Diego começou.
— Ai, meu Deus. Você é péssimo — Stan disse.
— Concordo! — Theo comentou.
— É só irem pra algum lugar por algumas horas, tá legal? — Diego os entregou o dinheiro. — A cidade é grande. Se divirtam.
— Ele tem razão — começou o Bloom, e Stanley o olhou. Como se ele fosse um traidor, mas o garoto resolveu continuar. — Eu nunca roubei um carro, podemos fazer isso.
— Sim! — concordou o amigo.
— Não! — recusou Diego, desesperado. — Não roubem carros, Ok?
— A mamãe nunca ia me deixar sozinho numa cidade estranha — argumentou Stan.
— Neil teria deixado — comentou Theo, colocando a mão no queixo.
— Ela não confia em mim — Stanley retrucou.
— Porque ela é uma pessoa horrível! E eu sou demais. Lembra disso — respondeu o mais alto.
— Tem oito dólares — reclamou Stan.
E Theo pegou as notas em sua mão, tentando somar. Não era bom em matemática.