Diego acordou, encontrando apenas Nathaniel e Five tomando suas margaritas.
Nada de Hazel.
— Merda — ele xingou, levantando.
— Finalmente — disse Neil.
— Ótimo, você acordou — Five disse. — Pronto para uma bebida?
Diego levantou com tudo, olhando ao redor simultaneamente.
— Onde ele está? — perguntou.
— Eu o deixei ir.
— Você o quê? — ele se aproximou.
— Agora que o Apocalipse acabou, é hora de parar com a briga — explicou Five.
Diego contorceu o rosto, com raiva.
— Relaxe, Diego — Nathaniel disse. — Não foi ele que matou Patch.
— Foi sua parceira Cha-cha — completou Five.
— E daí? — ele perguntou, depois de apanhar suas facas. — Ambos estavam lá naquela noite.
— Esta metade da parceria me deu as duas armas — Five explicou.
Nathaniel apontou para as armas em cima da mesa.
— Isso vai fazer você ficar limpo — Neil disse.
— Exato, a balística coincidirá com a cena de crime — Cinco concordou. — Hazel veio aqui procurando uma saída. Queria um recomeço, e por sorte tinha em mãos algo que podia fazer bem à nossa família. É hora de seguir em frente.
— Sem chance — terminou Diego.
Nathaniel riu, nasalando.
— Faça o que quiser — Neil disse, deixando a taça na mesa.
— Estou curioso, sua namorada, Patch. O que gostava nela? — perguntou Five.
— Muitas coisas.
— Cite uma — disse Nathaniel.
— Bunda bonita. Belas pernas — ele disse.
Nate revirou os olhos.
— Algo mais profundo que isso? — perguntou Five.
— Ela acreditava nas pessoas — ele respondeu. — Não importava a merda e a sujeira que via nas ruas. Ela sempre via o bem.
— Tenho certeza que ficará orgulhosa em saber que matará Hazel e Cha-cha para honrar sua memória — Five disse.
Nathaniel esperou acontecer uma briga, mas não teve.
Five saiu, carregando a Dolores nos braços. E Nat ficou parado, olhando para Diego.
— O que ainda tá fazendo aqui? — perguntou o homem.
— Nada, apenas tendo certeza que você vai cuidar bem dessa arma do crime — ele levantou e deu dois tapinhas no ombro de Diego. — Eu sei que não é fácil perder alguém, e a vingança sempre parece ser a melhor opção, e eu concordo com ela. Mas pra seguir com isso, você tem que ter certeza do quer, Diego. Não vai querer ter sangue nas suas mãos pelo o resto da vida.
E ele saiu, com as mãos nos bolsos.
[...]
Todos pareciam abalados com algo.
Diego estava na cozinha, quieto e pensativo enquanto sua mãe lhe preparava algo.
Luther tentava se desculpar com Allison — que recém tinha acordado.