— Hey! Sabia que eu posso andar? — Neil perguntou, depois de ser arrastado pelos corredores da Academia por Five.
Esse que pareceu não lhe dar ouvidos.
— Five? — chamou. — Tá me ignorando?
— Cala a boca — disse, os teletransportando para o quarto.
Nathaniel iria responder a altura, mas seu corpo foi jogado com tudo contra a porta.
— Que merda você pensava que estava fazendo? — disse Five, enraivecido.
— Eu posso ler mentes, mas não sou adivinha, Five — fixou seus olhos no Hargreeves. — A não ser que queira que eu leia seus pensamentos — flertou, tocando na gravata do outro.
— Leia minha mente outra vez, e eu mato você — sussurrou em um ar psicotico.
Mas Nathaniel sorriu, enrolando a gravata de Hargreeves entre seus dedos.
— Eu já disse que você fica uma delicinha de uniforme? — brincou, vendo o rosto do garoto se contorcer.
Five apertou a mandíbula, não tirando os olhos de Neil.
— Não preciso que me diga, querido. Eu sei — respondeu, convencido.
E outra vez, Neil apoio a cabeça na parede, deixando metade do pescoço exposto enquanto olhava para o outro.
— Uou, e o Número Cinco atacante volta para o jogo — disse, continuando com a mão na gravata. — Mas voltando para o começo, de que caralhos estava falando?
— Você quase se matou, outra vez — disse o óbvio. — Eu mandei que parasse quando estivesse sendo demais pra você.
— Tem razão, você disse. Mas eu não recebo ordens suas e nem de ninguém — sussurrou, chegando ainda mais perto.
— Tem certeza que não? — ele perguntou, em um sussurro, perto do ouvido do garoto.
O ar quente sobre sua orelha, por conta do café preto recém tomado. Os dedos do Bloom agarrados a gravata.
Era tudo tão quente.
O que era fodidamente estranho, os dois eram definitivamente maiores de idade em um corpo de dezesseis anos.
Maldita puberdade.
E Neil ficou sem respostas, parado e perplexo quando sentiu o nariz de Five roçar em seu pescoço.
E inconsciente, ele apertou a gravata. Fazendo com que o Hargreeves sorrisse pelo o efeito que causava no garoto.
Talvez as coisas pudessem continuar, não tinha ninguém para os separar no momento.
Pelo menos era o que eles achavam.
Ouviram alguém batendo na porta do quarto. Nathaniel escondeu o sorriso pela a indignação de Five.
— Ei! Vocês dois estão aí dentro? — perguntou Diego, do outro lado da porta.
— Acho que devemos abrir — Nate sussurrou.
— Ou talvez podemos deixá-lo achar que não tem ninguém — sussurrou de volta, apoiando a testa no ombro de Neil.
— Eu sei que estão aí dentro, Pogo me contou — Diego pronunciou.
— Macaco fofoqueiro — sussurrou Nathaniel, rindo.
Ele desenrolou a gravata de sua mão, a arrumando no uniforme do Hargreeves outra vez.
— Pronto! — disse, logo caminhando até a porta.
Mas o de uniforme puxou seu pulso, o trazendo de volta. Ele tirou os cachinhos rebeldes da testa de Nate. E disse em um sussurro: