— Acho que todo mundo sabe em que opção eu vou votar — começou Allison, sendo a primeira a falar. — Nós perdemos muita coisa. Todos perdemos pessoas — massageou as mãos. — manequins... — olhou para Five. — Mas essas mortes têm que significar alguma coisa. É por isso que eu voto em ir com o papai.
— Eu tô com ela — Lila disse para Diego, caminhando para o lado da Hargreeves. — Vamos salvar a droga do universo!
— Tá bom. Já que ela disse sim, eu voto não — o das facas seguiu para o outro lado. Lila riu, incrédula. — Achou isso legal?
— Você não tá falando sério.
— É o voto dele, Lila — murmurou Allison. — Klaus?
— Eu vou com o papai — respondeu.
Ben também assentiu, confirmando o que a maioria sabia.
— Tudo bem, são quatro a um — continuou a mulher. — Viktor.
— Olha, eu quero acreditar, tá bom? — rebateu ele. — Eu quero muito. Mas eu não consigo parar de achar que a gente não sabe no que tá se metendo.
— Não, mas já sabemos o que vai ser se não fomos — argumentou Allison, cruzando os braços. — Nós precisamos fazer isso juntos — olhou ao redor. — Viktor, em família.
— Você não pode ficar usando a palavra "família" à toa — retrucou o último citado. — Isso não basta. Eu voto em ficarmos.
— Luther.
— É... Eu e a Sloane conversamos e... não dá — respondeu. — Desculpem. Nós queremos usar o tempo que ainda tivermos ficando juntos e não lutando com um cara com uma espada e tocando sinos por aí.
— Bom, empatou. Quatro querem, quatro não — continuou Viktor.
— Só falta vocês dois, Número Cinco e Nathaniel — Reginald murmurou.
Five olhou para Nate, suas respostas transmitindo simultaneamente. Eles concordaram entre si, sabendo o que dizer.
— Eu vi o futuro, e ele me disse pra ficar fora dessa — prosseguiu o de terno.
A verdade era que Neil tivera falado com ele a algum tempo, decidindo o que fazer com as palavras que ouviram do Five mais velho.
Nathaniel o fez prometer que não importava o que chegasse a acontecer, eles seguiriam o fluxo do mundo.
Foda-se tudo.
Obviamente, foi difícil para o Hargreeves aceitar no começo, mas não havia muito o que fazer.
E, de qualquer forma, Cinco nunca o deixaria sozinho nessa questão, entretanto, não passaria por cima da escolha dele.
Não iria ser como seu pai, sempre mandando e dando ordens, atravessando as escolhas de qualquer um com a porra de uma espada.
— Voto em ficarmos — terminou. — Tá na hora de aceitar o nosso destino.
— Nathaniel?
— Nós tentamos avisar quando o primeiro apocalipse aconteceu, vocês não acreditaram e isso ferrou o plano — comentou. — No segundo apocalipse, fizemos o mesmo. A maioria só tentou ajudar nas últimas, o que fodeu com tudo — jogou a cabeça para trás, suspirando. — E outra vez, estamos avisando o que é pra fazer, e adivinha? Ainda tem alguns tentando jogar todo o maldito esforço pra casa do caralho.
Silêncio, ele não estava errado.
— O que quero dizer é, não importa o quanto Five e eu tentamos, ninguém nunca escuta — continuou. — Então, voto em ficarmos.