Luther pôs o Cinco na cama. Diego colocou Dolores em uma cadeira e Nathaniel suspirou de cansaço.
— Pronto, acho que essa é minha deixa — Neil disse, pondo as mãos nos bolsos e dando meia volta.
Diego jogou uma faca, Nate agradeceu por ter reflexos rápidos.
— Você fica — apontou para o garoto. — Com ele — e depois para Five.
— Escuta, eu não sou babá. Escolha outra pessoa — revirou os olhos.
— Diego tem razão — Luther disse e o citado o olhou, surpreso por estar concordando consigo. — Você fica aqui, estão atrás de você também. E ainda não sabemos de todas as respostas que precisamos.
Nate suspirou e se jogou na cadeira.
— Engraçado. Se não soubesse que é tão cretino, diria que parece quase adorável em seu sono — disse Diego, olhando para Five.
— Não se preocupe, ficará sóbrio logo. Voltará ao seu normal e desagradável de ser — Luther disse.
— Não posso esperar tanto — disse Diego. — Preciso descobrir qual é sua conexão com esses lunáticos. Antes que alguém mais morra.
Ele suspirou pesadamente.
— Se ele ao menos esse garoto abrisse a boca.
— Eu já disse, eu venho de uma organização diferente, Hazel e Cha-cha são apenas pau mandados — disse uma meia mentira.
— Todas as coisas que ele disse antes... O que acha que quis dizer com isso? — perguntou Luther.
Nathaniel iria dizer o que significava, mas os três ouviram barulhos no andar de cima.
Alguém descendo para onde estavam.
Diego subiu as escadas e abriu a porta, preparando uma faca em suas mãos.
— Se tentar outra dessas malditas facas em mim, vou prestar queixa — disse o velho.
— O que quer, Al?
— Não sou sua secretária — disse o senhor de idade. — Uma moça ligou pra você e disse que precisa de ajuda.
— Que moça? — perguntou.
— Não sei, alguma detetive. Disse que seu nome era Blotch ou algo assim — Al respondeu.
— Patch? — perguntou e o senhor deu de ombros. — Ela precisa da minha ajuda.
Ele subiu as escadas.
— Ela precisa que você a encontre naquele motel, uma espelunca em Calhoun.
— Quando? — Diego pegou o papel.
— Meia hora atrás — respondeu. — Disse que encontrou seu irmão.
Todos olharam para o Cinco que ainda dormia.
— Isso não faz sentido.
— Klaus...
— Vá. Eu espero com... eles. — Luther disse, mas Diego saiu antes.
— Namorada? — Nathaniel perguntou a Luther sobre Diego.
— Não sei — respondeu o homem.
— Você não sabe se seu próprio irmão está ou não namorando? — perguntou o garoto, embasbacado.
— Isso não é da sua conta.
— Ok, calma, grandão — Ele brincou.
[...]