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"Você é incrível boneca"

- Vamos logo s/n! - Nobara me apressa.

- Não me pressiona, se não vou manchar minha maquiagem - diz eu tentando passar um rímel.

- Você sabe muito bem, que se nós não fizermos nosso show o chefe vai nos demitir e precisamos desse emprego - disse Nobara.

- Tá bom Kugisaki - diz eu irritada, largando o rímel de lado.

- Não me chama assim - disse ela irritada.

- Tá de TPM? - pergunta eu.

- Estou, e ainda tenho que dançar para marmanjos que não tem o que fazer - disse Nobara.

- Os "Marmanjos" podem te matar em um piscar de olhos - disse eu.

- Foda-se, até a morte é melhor que essa vida que tenho - diz ela quase chorando agora.

- Calma Nobara - eu disso indo a abraçar, Nobara era bem bipolar, ainda mais quando estava naqueles dias.

- Eu não aguento mais S/n - disse Nobara manchando toda a sua maquiagem com as lágrimas. Ela caiu de joelhos enquanto chorava.

- Nobara! - Eu rapidamente chego nela e a abraço.

- S/n, eu não... Aguento mais ser insultada... D-de vagabunda, piranha, vadia e-e prostituta - diz Nobara chorando mais.

- Você acha que eu aguento? Eu também estou mais do que cansada de ser xingada de puta e vários outros insultos, mas estou aqui certo? Com você e pra você! - disse eu a apertando.

- Eles não tem o mínimo de respeito por nós - disse Nobara.

- Homens são uns idiotas! - disse eu irritada - A minha vontade é de jogar tudo pro alto e ir embora desse lugar, mas as coisas não são tão simples assim.

- Que demora! - diz nosso chefe entrando no camarim. - Ora suas putas, vão trabalhar e larguem de serem vagabundas, ou espera! Vocês já são.

- Podemos ser garotas de programa, mas não somos sua prioridade para tratar a gente dessa forma - disse eu, nos defendendo.

- Se falar mais uma vez desse jeito comigo, está na rua! - disse ele me dando um belo tapa no rosto.

Eu coloco a mão na área atingida e o olho com irritação.

- Vou dar quinze minutos para descerem! Os Homens estão esperando-as - disse ele saindo do camarim.

- S/n, você está bem? Desculpa, é culpa minha - disse Nobara chorando ainda mais.

- Você está muito sensível, não tem com o que se desculpar - disse eu fria.

- Tá - disse ela.

- Vai arrumar sua maquiagem, vou logo fazer o que tenho, e dar um fora daqui - disse eu passando pela porta sem esperar resposta da mais velha.

Desço as escadas, o ambiente é escuro, só é possível enxergar por conta das luzes de cores sensuais, termino de descer as escadas e logo eu vejo, várias putas com roupas extremamente pequenas, ao contrário delas, minhas roupas apesar de serem inapropriadas, eu prefiro usar uma roupa que cubra mais meu corpo.

Coloco a máscara da cor da minha roupa no meu rosto, deixando somente meus olhos amostra.

Enfim, vejo também, vários velhos barrigudos e bigodudos, comendo as prostitutas sem se importar com quem estava olhando. Também tinha vários homens novos e vários na média. Eu vou para trás das cortinas do palco, por uma pequena escada atrás do palco. Espero a mulher acabar de dançar no pole dance. Após ela dar o seu show patético e entediante, eu comecei a dançar, a dança do ventre. Eu sou uma puta clássica, não sou do tipo que mexeria a bunda. Eu faço faço movimentos rápidos com os quadris, pra cima e para baixo, enquanto juntava minhas duas mãos, como se eu estivesse fazendo uma oração. Lanço um olhar sedutor para os homens que assistem, "quebro" a cintura pra esquerda, depois pra direita. Tirei minha perna esquerda de baixo da longa saia e a deixei a amostra, e balancei os quadris de forma lenta, levantei um braço e fiz movimentos circulares com a mão e estiquei o outro braço pra frente e fiz o mesmo. Tudo no mesmo ritmo que minha cintura.
Pela minha maquiagem nos olhos, parece que eles são mais puxadinhos e sedutores, a cor dos meus olhos se destacavam.

𝐼 𝑛 𝑒 𝑠 𝑞 𝑢 𝑒 𝑐 𝑖́ 𝑣 𝑒 𝑙 | 𝐺𝑜𝑗𝑜 𝑆𝑎𝑡𝑜𝑟𝑢Onde histórias criam vida. Descubra agora